Vinícius Torres Freire > A vitória amarga da esquerda grega Voltar
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Trabalhei em bancos por 37 anos, e os comentários que leio ou ouço sobre endividamento, seguem uma linha pouco racional: Deve, então paga, como se não houvesse, antes dos empréstimos, uma negociação de capacidade de pagamento entre as partes. Os mais conservadores nunca lembram de quem emprestou, só de quem tomou emprestado e apenas a esse, deve ser imputada toda a responsabilidade pelo fracasso, o que é um absurdo. O racional é as partes se comporem. Assim deve caminhar o novo governo grego.
O problema da Grécia é que para evitar que o paÃs se torne definitivamente inviável, não basta somente extinguir o programa de austeridade, mas é necessário redesenhar a economia de maneira radical e corajosa. Isso inclui entre outras coisas acabar com o domÃnio da economia por umas poucas famÃlias cujos negócios dependem do governo para sobreviver criando um cÃrculo vicioso. A questão é que esse tipo de reforma radical é impossÃvel ser realizado dentro da UE. A China é a solução da Grécia.
Bem colocado. A China é a solução da Grécia e do resto dos paÃses do planeta.
Entre 1996 e 2008, enquanto o gasto público na Alemanha se manteve constante, o da Grécia cresceu 80% por habitante; e no mesmo perÃodo a dÃvida pública cresceu 270% o maior crescimento para os paÃses europeus. Ou seja a Grécia aproveitou a entrada na UE para aumentar o gasto público com dinheiro emprestado, essa é a verdadeira raiz da crise. Não será com promessa mais gasto público que isso se resolverá. Sabe quem é o Ãdolo do Syriza? Hugo Chávez, que quebrou a Venezuela.
Concordo com a maioria do que você disse nesse seu interessante comentário. Nenhum governo pode gastar mais do que arrecada. Você disse muito bem, senão acontece o que se deu com a Grécia e com a Venezuela. Uma hora a conta chega. A solução é cortar os gastos fundo, até zerar definitivamente esses déficits. Porém, acho que os juros da dÃvida tem que entrar também nessa conta de chegar.
A única chance de isso funcionar seria a Alemanha bancar a vida fácil dos gregos, mas não acredito que farão isso, Se cederem para Grécia terão que ceder para a Espanha, Itália, Portugal... O resultado, a longo prazo, será uma Europa com economia deficitária, improdutiva e decadente.
Basicamente, nenhum governo deve gastar mais do que arrecada. Portanto, a solução é cortar gastos e principalmente os que não trazem retornos sociais e de crescimento econômico, em primeiro lugar os pagamentos da dÃvida pública. PaÃses não são como empresas, não vão à falência e desaparecem. Podem ficar sem novos créditos, mas se zeram o déficit público, nem precisam mais desses créditos. Voltar a um dracma desvalorizado e logo os investimentos e o crescimento retornam. Exemplo: Argentina 2001.
Se taxassem as fortunas de todos os milionários europeus(companheiros do bilionário Berluschoni) que possuem riqueza de pelo menos 50 milhões de euros em algo como 10%,pouco representaria para as fortunas deles e resolveria todos os problemas não só da Grécia,como de Itália,Espanha, Portugal,Irlanda, traria tranquilidade ao velho continente e aliviaria o resto do mundo,fácil,não?claro que não, mais fácil taxar e receber 30 euros dos 7 bilhões mais pobres habitantes da Terra.
A questão não é taxar milionários e distribuir dinheiro; logo esse dinheiro acaba, gasto por governos deficitários, e depois? A economia é dinâmica precisa girar e ser produtiva, precisa de investimentos constantes, precisa se reproduzir para estar sempre produzindo bens e serviços com eficiência, senão acaba. A única saÃda para esse paÃses é reformar suas economias, torná-las produtivas e viver dentro de suas possibilidades. Não tem milagre em economia, não tem almoço grátis.
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