Vinícius Torres Freire > Grécia e esquerda no sufoco Voltar
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E se a Grécia resolver sair (ou for expulsa) da eurozona, o que ocorrerá com Portugal, Espanha, Itália ???
Prezado Tanaka, por ora, tanto Europa quanto financistas acham que há meios de sustentar tranquilamente os dias de turbulência. A ver. Abraço. VTF
Como revelaram os melhores comentaristas econômicos à época da primeira crise do euro: a grande falha dos arquitetos da moeda única foi a falta de previsão de algum mecanismo econômico-financeiro que possibilitasse transferências de renda e de oportunidades de trabalho entre os diferentes estados-nações que aderiram à moeda única (mecanismo, aliás, que vigora nos EUA e vários outros estados federativos, inclusive o Brasil). E agora, o que fazer ???
Prezado Tanaka: na ausência de união fiscal, a alternativa é simular um mecanismo de financiamento mútuo da Grécia. Que no entanto é vetado por Alemanha e cia. Logo, a alternativa parece ser: ou a Grécia sai ou se curva, com mÃnimas concessões.
Os europeus, tão ciosos do planejamento, esqueceram de colocar na legislação da União uma cláusula para permitir a saÃda indolor de paÃses que não cumprem os pré-requisitos mÃnimos para permanecerem como membros. No caso da Grécia o problema não é o tamanho da dÃvida que eles têm, mas é um problema de credibilidade. Alemanha e Holanda, paÃses considerados como confiáveis, possuem dÃvidas externas maiores do que a da Grécia em relação ao PIB.
Svarat, você está correto. Peguei os números num artigo do Economist (An Odd view of Democracy, 3.2.2005), na sessão de comentários, mas não me dei ao trabalho de verificar os números oficiais.
X, a Holanda e a Alemanha não têm dÃvida pública em relação ao PIB maior do que a da Grécia; a dÃvida grega chega a 175% do PIB, enquanto a da Alemanha está na faixa de 80% e a da Holanda em 73%
Sem moeda própria não há soberania, blocos são bons se forem solidários, se um mais forte domina não é bom. A esquerda deve cumprir o que prometeu, se não o fizer a extema direita o fará. Esquecem da lição da Alemanha nos anos 1920/30, quem deu fim aos pesados encargos foi quem foi porque a esquerda não fez e deu no que deu.
Pois é, Her. No caso de saÃda do euro, que será mais ou menos catastrófica, ou de permanência com a desmoralização do Syriza, o povo pode olhar pra extrema direita, sim. Abraço. VTF
As draconianas (outra palavra grega) medidas de ajuste, cortaram na carne, mas já estavam dando certo. O crescime/nto para esse ano estava previsto entre 2 e 2,5%, e o nÃvel de emprego já dava sinais de reação. a vitória do Syriza, bagunçou tudo e leva o risco de que tenham feito todo esse sacrifÃcio por nada. Os governos europeus, financiaram a Gré/cia com dinheiro de suas populações, não quer receber calote. Curioso, que a Alem/anha, a mais severa, deu um senhor calote nas dÃvidas da I Guerra.
Não foi Adolfinho quem suspendeu os pagamentos, ele só entrou em 1933. A Alemanha pagou apenas em 1921 e 1922. Também não é verdade que a crise do pós guerra foi resultado do tratado de Versalhes apenas. As finanças já estavam combalidas antes mesmo de 1914, e a guerra muito agravou. A mega inflação que se seguiu de 1 bilhão% foi em parte um artifÃcio para reduzir o valor da indenização e inundar os aliados com produto alemães a preço vil, de forma a forçá-los a suspender a indenização.
Excelente lembrança da primeira guerra, a Alemanha tinha encargos inviáveis e os social democratas cumpriram levando o povo ao desespero. Quem rompeu com isso sabemos quem foi e as consequências. A Grécia está assim e os sucessores da extrema direita estão lá firmes e prontos, a esquerda deve cumprir seu papel pra não dar espaço ao fascismo. Deu certo pra quem o ajuste? Pergunte aos 25% de desempregados ou a metade dos jovens sem emprego.
Interessante. Não é feita qualquer referencia ao destino dado aos imensos empréstimos feitos ao governo e à "iniciativa privada". E, tampouco da responsabilidade dos emprestadores no risco de concessão conhecendo a clientela.
Verdade, Baltazar. O pessoal da finança saiu do rolo com perdas mÃnimas, e a maior parte da dÃvida do governo grego foi "socializada" entre governos da UE e pelos governos representados no FMI. SaÃram de fininho e não pagaram pouco por empréstimos ruins que fizeram. Abraço. VTF
Também acho que o melhor para todos é que a Grécia saia de vez do euro e vá cuidar de sua vida. A economia grega é muito fraca para ter uma moeda forte como o euro. Sem transferências de recursos dos paÃses mais ricos, como a Alemanha, o euro é inútil para a Grécia, e os alemães não estão dispostos a financiar a boa vida dos gregos. E estão certos, cada um deve viver dentro de suas possibilidades.
Na verdade, a renda per capita dos gregos não caiu 25%, ela apenas voltou a seu nÃvel real, de acordo com a produtividade da economia grega. E o consumo tem que cair ainda mais porque 79% do PIB em consumo é muito para um paÃs como a Grécia.
Não existem outras alternativas realmente viáveis. Ou o paÃs sofrerá no perÃodo de transição para estabelecimento de nova moeda própria ou sofrerá mais e por maior tempo ainda se continuar na Zona do Euro e submetido aos interesses estrangeiros. A saÃda menos ruim é voltar ao Dracma, declarar moratória integral das dÃvidas e reduzir ao mÃnimo qualquer déficit público. A Argentina de uma década e pouco atrás é um exemplo. Depois dessas medidas, logo voltou a crescer como nunca.
Nem Um, o governo dos Kirchner sempre foi populista, desde o inÃcio, a ilusão de sucesso derivou do excelente preço dos produtos que a Argentina exporta, e não da eficiência do modelo. Foi isso que permitiu sustentar o populismo durante alguns anos. O mesmo aconteceu no Brasil no perÃodo do Lu la. Agora acabou a farra, a maré baixou e viu-se que o populismo latino-americano estava nadando nu (Brasil, Argentina, Venezuela...).
Caro Svarat, mais uma vez você não está errado. A Argentina realmente, nos últimos anos, voltou a ter baixo crescimento e inflação, mas não devido `a moratória e sim pelo retorno recente ao velho populismo que sempre assola a América Latina. Isto é, não contente com o que arrecadava, o governo voltou a gastar o que não tinha, passando a emitir moeda e causar inflação, a qual, junto ao veneno do controle do câmbio, leva à sobrevalorização cambial e o consequente baixo investimento e crescimento.
É voltou a crescer mas já está indo para o buraco de novo, e a moratória, mesmo depois de mais de uma década, continua a assombrar a economia argentina.
Melhor seria?conversa de engenheiro de obra feita.
Nossa, Vinicius, explica pra gente como o dolar vai a R$ 3,00 antes de 2015 acabar. Imagine janeiro de 2016. Vai ter mais choro e tempestade antes da bonança?
Prezado Antonio, seu eu soubesse para onde o dólar vai e, mais importante, quando, eu estaria bem rico, certo? A tendência é de alta faz anos, que foi segurada por intervenções do BC. Se houver rolo na transição americana, o aumento de juros, vai ainda mais longe. Abraço. VTF
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