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  1. TANAKA

    E se a Grécia resolver sair (ou for expulsa) da eurozona, o que ocorrerá com Portugal, Espanha, Itália ???

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    1. Vinicius Torres Freire

      Prezado Tanaka, por ora, tanto Europa quanto financistas acham que há meios de sustentar tranquilamente os dias de turbulência. A ver. Abraço. VTF

  2. TANAKA

    Como revelaram os melhores comentaristas econômicos à época da primeira crise do euro: a grande falha dos arquitetos da moeda única foi a falta de previsão de algum mecanismo econômico-financeiro que possibilitasse transferências de renda e de oportunidades de trabalho entre os diferentes estados-nações que aderiram à moeda única (mecanismo, aliás, que vigora nos EUA e vários outros estados federativos, inclusive o Brasil). E agora, o que fazer ???

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    1. Vinicius Torres Freire

      Prezado Tanaka: na ausência de união fiscal, a alternativa é simular um mecanismo de financiamento mútuo da Grécia. Que no entanto é vetado por Alemanha e cia. Logo, a alternativa parece ser: ou a Grécia sai ou se curva, com mínimas concessões.

  3. Dewey

    Os europeus, tão ciosos do planejamento, esqueceram de colocar na legislação da União uma cláusula para permitir a saída indolor de países que não cumprem os pré-requisitos mínimos para permanecerem como membros. No caso da Grécia o problema não é o tamanho da dívida que eles têm, mas é um problema de credibilidade. Alemanha e Holanda, países considerados como confiáveis, possuem dívidas externas maiores do que a da Grécia em relação ao PIB.

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    1. Dewey

      Svarat, você está correto. Peguei os números num artigo do Economist (An Odd view of Democracy, 3.2.2005), na sessão de comentários, mas não me dei ao trabalho de verificar os números oficiais.

    2. svarat

      X, a Holanda e a Alemanha não têm dívida pública em relação ao PIB maior do que a da Grécia; a dívida grega chega a 175% do PIB, enquanto a da Alemanha está na faixa de 80% e a da Holanda em 73%

  4. Herdf

    Sem moeda própria não há soberania, blocos são bons se forem solidários, se um mais forte domina não é bom. A esquerda deve cumprir o que prometeu, se não o fizer a extema direita o fará. Esquecem da lição da Alemanha nos anos 1920/30, quem deu fim aos pesados encargos foi quem foi porque a esquerda não fez e deu no que deu.

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    1. Vinicius Torres Freire

      Pois é, Her. No caso de saída do euro, que será mais ou menos catastrófica, ou de permanência com a desmoralização do Syriza, o povo pode olhar pra extrema direita, sim. Abraço. VTF

  5. Evans

    As draconianas (outra palavra grega) medidas de ajuste, cortaram na carne, mas já estavam dando certo. O crescime/nto para esse ano estava previsto entre 2 e 2,5%, e o nível de emprego já dava sinais de reação. a vitória do Syriza, bagunçou tudo e leva o risco de que tenham feito todo esse sacrifício por nada. Os governos europeus, financiaram a Gré/cia com dinheiro de suas populações, não quer receber calote. Curioso, que a Alem/anha, a mais severa, deu um senhor calote nas dívidas da I Guerra.

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    1. Evans

      Não foi Adolfinho quem suspendeu os pagamentos, ele só entrou em 1933. A Alemanha pagou apenas em 1921 e 1922. Também não é verdade que a crise do pós guerra foi resultado do tratado de Versalhes apenas. As finanças já estavam combalidas antes mesmo de 1914, e a guerra muito agravou. A mega inflação que se seguiu de 1 bilhão% foi em parte um artifício para reduzir o valor da indenização e inundar os aliados com produto alemães a preço vil, de forma a forçá-los a suspender a indenização.

    2. Herdf

      Excelente lembrança da primeira guerra, a Alemanha tinha encargos inviáveis e os social democratas cumpriram levando o povo ao desespero. Quem rompeu com isso sabemos quem foi e as consequências. A Grécia está assim e os sucessores da extrema direita estão lá firmes e prontos, a esquerda deve cumprir seu papel pra não dar espaço ao fascismo. Deu certo pra quem o ajuste? Pergunte aos 25% de desempregados ou a metade dos jovens sem emprego.

  6. baltazar

    Interessante. Não é feita qualquer referencia ao destino dado aos imensos empréstimos feitos ao governo e à "iniciativa privada". E, tampouco da responsabilidade dos emprestadores no risco de concessão conhecendo a clientela.

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    1. Vinicius Torres Freire

      Verdade, Baltazar. O pessoal da finança saiu do rolo com perdas mínimas, e a maior parte da dívida do governo grego foi "socializada" entre governos da UE e pelos governos representados no FMI. Saíram de fininho e não pagaram pouco por empréstimos ruins que fizeram. Abraço. VTF

  7. svarat

    Também acho que o melhor para todos é que a Grécia saia de vez do euro e vá cuidar de sua vida. A economia grega é muito fraca para ter uma moeda forte como o euro. Sem transferências de recursos dos países mais ricos, como a Alemanha, o euro é inútil para a Grécia, e os alemães não estão dispostos a financiar a boa vida dos gregos. E estão certos, cada um deve viver dentro de suas possibilidades.

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    1. svarat

      Na verdade, a renda per capita dos gregos não caiu 25%, ela apenas voltou a seu nível real, de acordo com a produtividade da economia grega. E o consumo tem que cair ainda mais porque 79% do PIB em consumo é muito para um país como a Grécia.

  8. Nem Um

    Não existem outras alternativas realmente viáveis. Ou o país sofrerá no período de transição para estabelecimento de nova moeda própria ou sofrerá mais e por maior tempo ainda se continuar na Zona do Euro e submetido aos interesses estrangeiros. A saída menos ruim é voltar ao Dracma, declarar moratória integral das dívidas e reduzir ao mínimo qualquer déficit público. A Argentina de uma década e pouco atrás é um exemplo. Depois dessas medidas, logo voltou a crescer como nunca.

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    1. svarat

      Nem Um, o governo dos Kirchner sempre foi populista, desde o início, a ilusão de sucesso derivou do excelente preço dos produtos que a Argentina exporta, e não da eficiência do modelo. Foi isso que permitiu sustentar o populismo durante alguns anos. O mesmo aconteceu no Brasil no período do Lu la. Agora acabou a farra, a maré baixou e viu-se que o populismo latino-americano estava nadando nu (Brasil, Argentina, Venezuela...).

    2. Nem Um

      Caro Svarat, mais uma vez você não está errado. A Argentina realmente, nos últimos anos, voltou a ter baixo crescimento e inflação, mas não devido `a moratória e sim pelo retorno recente ao velho populismo que sempre assola a América Latina. Isto é, não contente com o que arrecadava, o governo voltou a gastar o que não tinha, passando a emitir moeda e causar inflação, a qual, junto ao veneno do controle do câmbio, leva à sobrevalorização cambial e o consequente baixo investimento e crescimento.

    3. svarat

      É voltou a crescer mas já está indo para o buraco de novo, e a moratória, mesmo depois de mais de uma década, continua a assombrar a economia argentina.

  9. Guriatã

    Melhor seria?conversa de engenheiro de obra feita.

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  10. Antonio

    Nossa, Vinicius, explica pra gente como o dolar vai a R$ 3,00 antes de 2015 acabar. Imagine janeiro de 2016. Vai ter mais choro e tempestade antes da bonança?

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    1. Vinicius Torres Freire

      Prezado Antonio, seu eu soubesse para onde o dólar vai e, mais importante, quando, eu estaria bem rico, certo? A tendência é de alta faz anos, que foi segurada por intervenções do BC. Se houver rolo na transição americana, o aumento de juros, vai ainda mais longe. Abraço. VTF