Educação > Matrícula de criança com Down divide colégios particulares de SP Voltar
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Isso tudo ocorre por um processo contÃnuo de sucateamento das APAEs. O governo vem reduzindo anualmente as verbas das APAEs, para que as crianças estudem em escolas comuns. Se ele quer isso, tem que prover os meios. É fácil fazer demagogia com o chapéu dos outros. O rÃtmo de melhoria de uma criança com down é lento, mas contÃnuo. Mas criança com down precisa de educação especial, de classes reduzidas (para aplicação de conteúdo diferenciado), de profissionais especializados.
Muito simples: deveria haver um benefÃcio fiscal para as escolas que oferecem essas vagas. Ou então, se está impondo aos outros pais mais um custo, uma vez que as escolas já oferecem vagas de graça para filhos de professores e até de funcionários. E quem paga são os pais. Não existe nada de graça, se é obrigação do governo, deve ser responsável. Para isso pagamos impostos.
A Constituição permite à iniciativa privada disponibilizar educação, mas observadas as regras da Educação Nacional, dentre as quais se encontra o direito de inclusão de crianças com deficiência na rede regular de ensino. O que parece claro é que as escolas particulares só querem usufruir dos bônus. Espera-se que o Judiciário seja sensÃvel a isso, obrigando as escolas privadas a matricular crianças com deficiência, sem despesas extras, de modo a resguardar direito fundamental.
Muito fácil, não jeluca? Só que as escolas não são obrigadas a nada. Elas são uma entidade empresarial que como outra qualquer tem a vertente legitima de dar lucro, para assim se expandir e fortalecer sua oferta de mais qualidade. Ao obrigar as escolas a aceitar e custear o filho problemático dos outros, você acaba fazendo rachar o custo entre todos os outros pais, já que a maioria das crianças com down ou autistas precisam de cuidadores especiais. Quem paga a conta? Nós...
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