Hélio Schwartsman > A ideologia e a rúcula Voltar
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O conceito de predisposição é ideológico, porque pretende preservar a idéia de comportamentos sociais dependentes da biologia e não das relações sociais sob o véu de afirmações de que não é determinista e as pessoas variam muito e que não mundo real não e assim. Frente a tais afirmações, qual seria o valor explicativo da tese então?
É difÃcil concordar com uma pena de dois anos para um menor que comete o latrocÃnio enquanto a vÃtima foi julgada sem direito a defesa e submetido a uma pena de morte. Acho que a questão não é se rúcula ou etc. e sim de proporção da lesão causada e a pena por este ato.
Meu caro, parem com essa bobagem de direita e esquerda. Tem quem est no poder e não quer deixar e os que não estão no poder e querem entrar. Simples! Tão simples como gostar ou não de brócolis. E, vamos reduzir sim a idade penal. Se podem votar e escolher corruptos, com raras exceções, devem assumir seus atos.
Penso que faltou mais um vegetal nobre nessa comparação. O capim.
O sistema prisional brasileiro está na idade da pedra. A Noruega possui uma das menores populações carcerárias do mundo, não porque não exista crime por lá, mas porque o sistema é voltado para recuperar as pessoas e não para se vingar delas. A maior pena do paÃs é de 21 anos, mas a maioria das sentenças não passa de 1 ano. As prisões são mais confortáveis do que os hotéis 4 estrelas do Brasil. Eles explicam. Se você colocar uma pessoa numa prisão abjeta, como esperar que ele se recupere?
É, só que o Brasil não é a Noruega, está muito longe disso. Não é porque lá funciona assim que aqui funcionará também.
Será mesmo? Então que cortemos a rúcula e o brócolis do cardápio dos liberais para ver se voltam a pensar.
É extremamente provável que essas "correlações pitorescas" entre ideologia e caracterÃsticas biológicas, abordadas pelos autores, não passem de uma piada sutil de cientistas polÃticos. Por outro lado, é bom observar que o tÃtulo, "Predisposed", é bem diferente de "Fated". Ou seja, meu caro Helio, talvez seu posicionamento sobre maioridade penal mudasse, caso algum familiar próximo fosse assassinado por uma "pobre criança" de 17 anos.
Eu aceito que o Estado aja com a razão e não com emoção. Mas não posso aceitar que esse mesmo Estado considere uma pessoa apta para escolher seu presidente, mas, mesmo assim, incapaz de responder por atos bárbaros.
ha uma coluna do helio em que está claro seu posicionamento a respeito da maioridade (os menores e as penas). para poupar o trabalho, segue o trecho em que ele responde tua questão: "É evidente que, se alguém, maior ou menor, matasse um familiar ou amigo meu, eu experimentaria o desejo de vingança em sua plenitude. Só que eu não posso querer que o Estado personifique minhas emoções. O que diferencia a justiça da vingança é o fato de que a primeira é aplicada de forma impessoal e universal..."
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