A crise global mostra o resultado de anos de imediatismo e descaso com o futuro que se apresenta sombrio com a escassez de recursos naturais e aumento da miséria. As empresas têm de se tornar mais responsáveis pelo progresso global, reduzindo-se as interferências dos governantes na economia. Falta ordem nas finanças e comércio internacionais que inibam os abusos dos mais fortes e astutos contra os mais fracos e atrasados, que sem governança séria ficam permanente dependentes.

Poucos mandatários no Brasil conseguiram enxergar o país além dos limites dos seus mandatos. JK foi o único que tinha uma visão de estadista. Continuamos vítimas da falta de planejamento, da improvisação e da síndrome de "curtoprazismo" que evita que o país entre num ciclo sustentável de crescimento. Talvez um dia, os partidos principais concordem com uma agenda positiva a ser seguida, não importando quem esteja no poder, pois afinal os governantes passam, mas o país fica.

A única solução e trocar a constituição do Sarney. Constituinte exclusiva, membros independentes de filiação partidária, escolhidos por voto direto, e quem for constituinte torna-se inelegível por muitos anos para não legislar em causa própria.

E desde quando existe boa hora para estacionar?