João Pereira Coutinho > Atropelados por um trem Voltar
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Outro dia, assistindo a um concerto, pedi ao senhor do lado que maneirasse no barulho que as balas de goma que ele devorava faziam ao passar pela embalagem plástica. A partir daÃ, durante um movimento inteiro, ele espremeu sadicamente por aquele ruidoso tubo, uma a uma, todas as multicoloridas e intermináveis balinhas. Ao final, enquanto aplaudia a bela orquestra, ele olhou triunfante para mim, não sem antes jogar no chão os dois plásticos vazios como sinal triunfal da vingança enfim arrematada.
Por que não desse-lhe um tiro na cara? Ou uma bolsada nas fuças?
Por causa dessas barbáries não vou mais a cinema nem teatro. O que não posso assistir em casa, não assisto. A selvageria da humanidade me venceu. Prefiro meus cães latindo de alegria quando volto para casa depois de um dia de trabalho.
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