Tati Bernardi > 'Hot Girls Wanted' Voltar
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Oi, Tati! Adoro seus textos e gostei muito do documentário, achei muito bem produzido e de certo modo esclarecedor. Gostaria apenas de sinalizar que pode ter havido um erro de tradução de "facial abuse" como "abuso fácil", se foi o que quis dizer que aparece no documentário. Nesse caso, o correto seria "abuso facial", não? Abraço!
Uma propaganda que para mim não aliciou...
Após assistir ao documentário "Hot Girls Wanted", no Netflix, muitas perguntas surgiram para mim: O que leva uma menina de 18 anos (baseio-me em Tressa, o enfoque do filme), com uma vidinha simples, mas decente, numa famÃlia igualmente simples, mas amorosa, com um namorado que aparentemente a ama e se preocupa com ela, o que levaria uma menina dessas a procurar a pornografia?
O documentário, como bem disse a autora desta coluna, é um soco no estômago. E foi de fato um soco no meu estômago, sem dúvida. Nossa sociedade está muito doente. Só uma sociedade muito doente pode considerar normal que para a obtenção de um sexo gostoso, legal para duas pessoas, sejam necessários fetiches e/ou fantasias tão agressivas e de sevÃcia com as mulheres 9 no caso, garotas/crianças). A mistura de crueldade/agressividade e sexo, a meu ver, não é algo aceitável e normal.
O sistema capitalista tal qual se apresenta hoje, com a mÃdia e a evolução tecnológica a seu serviço, trabalha num movimento coordenado, eu diria: o marketing da indústria pornô possibilita a idealização e glamorização da atriz pornô. A mÃdia sedimenta esse propósito, dando espaço. Aos olhos dessas meninas, ingênuas mesmo, uma Belle Knox, uma Sasha Grey são modelos de conquista financeira e independência. Ou seja, a liberdade, na perspectiva dessas meninas, só é obtida pela redenção financeira.
Não há como não considerar o sistema capitalista e seus valores, absolutamente centrados no consumo, no ter, na aquisição de bens. Todas as meninas do documentário mencionam a busca pela liberdade, mas não dá para aceitar que seja essa a real motivação para ingressar na pornografia, quando se observa a famÃlia de uma delas, por exemplo. Uma mãe que até "aceita" a escolha da filha não pode ser considerada um exemplo de rigidez e censura moral, convenhamos. O que está por trás disso, então?
Tenho dó de delinquente que rouba para matar a fome ou pagar a conta de água para a mãe. De delinquente que rouba para comprar drogas ou itens da moda, ou de delinquente que tortura, estupra e mata não tenho pena, não. Eu ajudo aqueles que me dão pena: crianças pobres e animais abandonados. Se você tem pena de estuprador, ajude-o também, crie um programa de ressocialização e reeducação para esse tipo de "coitado". É muito cômodo jogar causas esquerdistas só para o Estado resolver.
postaram uma blitz policial. o tenente, arguindo o motorista. um delin quente, solto pois o sujeito estava com trés garotas de 14, 15, e 17, que sabiam com quem estavam, aquele sujeito, Tati, às mulheres são loucas. A massa encefalica, não deve ser cinzenta, deve ser côr de coco.
Bem, parece-me que a coluna toda é um pretexto para que se assista ao documentário no Netflix.
Quer dizer que quem xinga polÃticos desonestos é também quem gosta de humilhar pessoas inocentes? Tati, realmente você quis dizer isso? Então você está no mesmo nÃvel de quem acha que o indivÃduo por ser negro também é ladrão, ou seja, preconceituosa, fazendo julgamentos sem conhecer a pessoa. Ou então está usando a velha falácia do espantalho para convencer os seus leitores que quem é contra o governo também é "pervertido" e gosta de ver pessoas sofrendo. Ora, nos poupe.
Tati quer enterrar a tara sexual alheia. Vai ser politicamente correta lá no inferno.
Então se as jovens seviciadas sentirem prazer,está tudo bem???
Cara Tati, este cenário é mais uma ilustração de uma universal 'Casa Grande-Senzala'. Dói na alma. E alerta-nos sobre os monstros covardes soltos por aÃ, geralmente anônimos. Seu olhar sobre essa tragédia humana é um 'grão de sal' no sabor horrÃvel que a humanidade incorre.
Esse é o pornô do perverso, e tem muito perverso e perversão por aÃ. Esse tipo de perversão no sexo tem a ver com poder e não prazer ou amor. É busca da sensação perversa de poder. A sensação de exercer poder sobre outros humanos é a grande tara da humanidade.
Quem trata uma mulher assim, é um criminoso. Mas a mulher que se deixa tratar assim é uma criminosa várias vezes maior.
Aquele que trata uma única mulher como objeto, na verdade, está agredindo todas as mulheres.
Tema pesado e difÃcil ter uma posição s conhecer o assunto. Mas, como homem posso dar o meu pitaco sobre essa "preferencia" por humilhar mulheres. É simples, e eu chamo de sÃndrome de pau pequeno, a mesma baixa auto estima q as atrizes são vÃtimas; os atores e espectadores também o são.Não sou psicologo, nem estudioso do assunto, só espectador de bons pornos, e esse tipo de porno me enoja e só me faz pensar na baixÃssima auto estima de todos p gostarem de humilhação.
N li a coluna:......Hiii hi hi...o que será que cada um vai fazer com o SEU corpo hoje?.....Hiii hi hi
Esses vÃdeos em que lésbicas se divertem são obras de ficção. A lógica que se aplica a essas meninas, que ajudam a jornalista em noites solitárias, é a mesma que vale para as meninas que fizeram ela chorar. São pessoas exploradas, mastigadas pela industria do pornô e vomitadas após pouco tempo. Não há linha que separe o pornô bonzinho do pornô malvado. Se não há arte, só alguém servindo de objeto sexual aos telespectadores, é exploração, ainda que haja um contrato lindo e gordo (e sempre breve).
Hum!
Muito ao contrário das vÃtimas de estupro, essas meninas literalmente "pediram por isso", não? Trata-se de gente forçada a fazer o que não quer, ou de pessoas que voluntariamente batem na porta do agente, pedem emprego e param quando decidem - ou quando são obrigadas a parar por já serem conhecidas, muito embora quisessem continuar? Cadê o respeito pelo poder de decisão das meninas? Segundo a própria autora, elas entram na indústria porque querem e saem quando querem ou são obrigadas a sair.
Procurando ou não, continua sendo degradante e injustificável do mesmo jeito.
Sra. Colunista, eu sou "revoltados online", com orgulho, mas não acho que "as putinhas pediram por isso", e acho que você entendeu errado a ideia do filme. Talvez o seu petismo – enrustido nesta coluna – tenha encroado o seu cérebro.
Quando você condena a "violência excessiva", tenho a impressão que você tolera a violência moderada. Você não se conforma com as pessoas que passaram os limites que você acha corretos, porém você mesma ultrapassa os limites que outras pessoas acham corretos. Como é que alguém pode gostar de ver violência em sexo, ainda que moderada?
As suas duas primeiras frases deixam explÃcito o moralismo hipócrita da autora. (Pena que a sua última frase seja, ela mesma, moralista.) "Agora, que tipo de prazer é esse..." - a autora pergunta. Certamente, não é o dela. Embora tente negar, ela julga e condena, sim, o prazer alheio, de forma tão moralista quanto outros julgariam e condenariam o dela.
Bom tema! Parabéns a colunista por abordar o assunto. A degradação da dignidade humana. Se não nos preocuparmos com isso é sinal de fim dos tempos.
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