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Esse é o Pondé de quem tanto gosto!
A primavera arabe ´continua em curso, só um antienteligentinho é que não vê.
Lendo esta brilhante coluna de Pondé, lembrei-me de uma entrevista com um jovem chinês sobre os protestos na Praça da Paz Celestial. Foi-lhe perguntado se tinha noção do que poderia acontecer depois de toda aquela manifestação popular, ele respondeu que não. Só estava preocupado se haveria ou não refrigerantes, no caso Coca-Cola, na China. Em outras palavras, 99,99% da população não têm preocupação nenhuma a não ser com suas próprias necessidades.
Certamente a democracia não é um valor a ser imposto, sob risco de jamais ser democracia. Do mesmo modo, certamente muitos preferem um tirano brando à confusão possÃvel do debate. Também é verdade que a Irmandade Muçulmana estava LONGE de ser democrática. Também é um fato de que a maioria dos lÃderes dos manifestantes de 2011 estão hoje na cadeia. Também é certo que confiar em estatÃstica demanda investigar o rigor do método de pesquisa em detalhes. E duvidar de estatÃstica em ditadura é sábio
Pondé foi na veia. Outro exemplo: em Cingapura, o ditador Lee Kuan Yew governou por 31 anos (1980-2011) e era amado pelo povo - outra exceção à regra - pois modernizou o paÃs e deu ao povo padrão europeu de vida. A questão é que raramente ditadores tem a sabedoria de não se locupletar, de não se deixar levar pelo poder e megalomania, e de fazer o que precisa ser feito para beneficiar a sociedade. Como diferenciar o joio do trigo ? No Ocidente, só mesmo pela tentativa e erro da democracia...
"O melhor argumento contra a democracia é uma conversa de 5 minutos com o eleitor médio" - Winston Churchill. Falta explicar isto para o Obama e outros "homens mais poderosos do mundo". Ou será que o dogma na realidade é apenas um verniz?
Cuidar das necessidades fÃsicas é o que fazem os animais com seu instinto. Os humanos alem disso querem prazer imediato. A preguiça de pensar com clareza e examinar as questões da vida levam o ser humano a se acomodar e a aceitar passivamente tudo que lhe é impingido sem investigar objetivamente com raciocÃnio lúcido. Como consequência vai enfraquecendo e se tornando ser-objeto nas mãos de pessoas sem consideração que visam apenas satisfazer as suas cobiças e impor suas ideias.
Aliás, o "não tenho causa nenhuma" vem bem a calhar com a rabugice. Pondé não quer ter responsabilidades pessoais pelas causas que poderia adotar. Não quer que pessoas na rua e alunos façam cobranças dele pelas possÃveis causas que deveria defender. É mais cômodo bancar o crÃtico de teatro que não tendo talento nem beleza para atuar resolveu ser ácido com quem atua, sem piedade. Entendo criticar certos vaidosos "do bem". Mas daà a criticar todos que querem melhorar o mundo? Pura amargura.
PH Andrade: enfim, gosto de algumas coisas que ele escreve, há dias em que realmente faz crÃticas com fundamentos. Mas na maior parte do tempo é só rabugice, vontade de espezinhar, "se a esquerda disse isso vou dizer o extremo oposto". Isso parece birra de adolescente que se acha rebelde ante os reles demais. Se Pondé vivesse no tempo do auge da escravidão, estaria criticando os abolicionistas, chamando-os de "gentinha do bem", e faria uma coluna com o tÃtulo "Joaquim Nabuco, inteligentinho".
PH Andrade: não acho que o Pondé critique apenas causas guiadas por ONGs de fachada. Sabemos que essas ONGs existem (tem até filme sobre isso) e que enganam muita gente, mas também sabemos que há ONGs que não estão vinculadas a partidos. Pondé critica qualquer um que queira melhorar a ordem das coisas. E mais: ele é o puro "do contra". Um modernoso defende o "poliamor"? Vem o Pondé e defende a instituição da famÃlia. O modernoso defende fidelidade conjugal? Pondé passa a louvar os adúlteros.
Sr. Vegano, ninguém muda o outro de verdade. Só mudamos a nós mesmos. A mudança real é gradual e se dá pelo exemplo. Simples assim. As "causas" a que Pondé se refere são todas instrumentalizadas por ONGs para obter verbas públicas, quando não para lavar dinheiro de caixa 2 ou do crime organizado. É esta a realidade nua e crua. Por isso temos de desconfiar seriamente do politicamente correto. Quem quer converter fiéis para sua causa se acha superior aos demais, e isso é nocivo para a sociedade.
Não sei não. Mas me parece que o Vegano Pelos Animais se sentiu atingido em sua veganice, esse moralismo utópico e distorcido de acreditar que todas as criaturas devem ser tratadas da mesma maneira
Às vezes o Pondé parece uma pessoa rabugenta e amarga que passa o dia no sofá, tomando notas crÃticas sobre todos os outros que optaram por não passar a vida no comodismo de uma grande almofada. O que ele tem a nos dizer? Que um ambientalista é um hipócrita se põe fralda descartável para o filho usar na creche, que um vegano é um iludido se pneus de ônibus levam cartilagem bovina, que um humanista é uma farsa se fizer viagens de lazer. Ou seja, se você não pode fazer tudo, não deve fazer nada.
Ninguém melhor do que a futura candidata à prefeita de SP para responder à pergunta final de Pondé. Ela com certeza teria uma resposta inspiradora e seminal.
Ai,ai como dói a chibata do professor Pondé no lombo dos inteligentinhos na segunda de manhã,tanto que eles são os primeiros a responder indignados,quando a carapuça serve...haja queijos e vinhos.
acredita até em estatÃsticas criadas por um estado totalitário, com severas restrições á liberdade de imprensa, se isso corrobora seu ponto de vista. chama isso de jornalismo, filosofia ou ficção?
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