Diferenças entre emissões medidas em bancada e a poluição em sistemas abertos, mesmo que estratosféricas, não servem para ancorar processo nenhum de indenização. Qualquer veículo, seja a gasolina, diesel ou até elétrico, é potencialmente uma máquina bastante poluidora, principalmente quando os proprietários neglecenciam procedimentos básicos de manutenção. Vistoria anual só não basta. É preciso saber lidar com a "arma" que se compra.

O que provavelmente existe em comum entre a Volks, Opel, Mercedes e BMW é o dispositivo CRS3. Trata-se de um sistema de injeção direta de combustível diesel e é ele, exatamente, que está por trás da fraude da VW. É produzido pela alemã Bosch.

O que chama a atenção é a responsabilidade objetiva do presidente. Reconhecida a fraude técnica, o presidente da empresa cai. No governo brasileiro é exatamente o contrário. Comprovada a fraude, o presidente diz que não sabia e fica por isso mesmo, é até reeleito e elege sucessor. No caso Petrobrás, os presidentes da empresa e do conselho dizem que não sabiam e fica por isso mesmo.

O Oxido de nitrogênio e o monóxido de carbono são os poluentes principais dos veículos a gasolina que são liberados na atmosfera pela maioria dos veículos em muitas partes do mundo. Considerando que o problema do diesel foi a liberação dos gases em percentual maior do que o devido, porque no Brasil tudo estaria certinho se os carros sequer fazem esse exame quando saídos da fábrica por se acreditar que não causam problemas de saúde, semelhantes ao que se encontra sendo investigado nos EEUU.

A fraude é universal.