Na Cleptorepública, os maiores beneficiários do sistema compram apoio da sociedade distribuindo pequenos privilégios como bolsas, subsídios ou meia-entradas. É a cultura do privilégio, que infesta o País.

E o absurdo da pós-adolescencia até os 29 anos, pois a lei faculta as tais meias-entradas até essa idade????? tem gente com 29 anos que já são avós.... como algúem já disse, o Brasil é o país da piada pronta, pena que seja uma piada de mau-gosto.

a questão da meia entrada é muito mais simples e exige menos raciocínio que o colunista gastou prá escrever o testículo. dá meia com valor cheio prá todomundo...os promotores já fazem isso, dando meia prá quem leva um quilo de sal (meu alimento não perecível de escolha), um flyer do evento, ou qualquer outra porcaria de valor irrisório, de forma que só paga inteira quem faz absoluta questão de pagar. lei bobas muitas vezes são mais facilmente contornáveis do que fazem pensar seus críticos.

É verdade que a meia entrada está prevista nos preços, mas também é que não pensam em reduzir preços se ela acabar, vão embolsar a diferença, foi assim quando acabou a CPMF, nenhum preço baixou. Quando acabou a meia entrada nos anos 80 o setor cultural entrou em depressão, milhares de cinemas fecharam e a maioria ficou a pão e água. A juventude pelo menos precisa dela, senão some dos espetáculos pagos. E isso foi real e não teoria.

Pura verdade. Sofremos de uma doença que parece incurável. Legislar sobre tudo, especialmente coisas sem maior relevância. Daí decorre nosso maior mal.

Por esses dias o jornal La Nación, da Argentina, fez uma pesquisa sobre a montanha de subsídios, bolsas, e prebendas distribuídas pelo governo, inclusive muito maior que aqui, e que está destruindo a economia argentina. A maioria se mostrou favorável aos subsídios e programas assistenciais, mas quando perguntados se deveriam pagar por isso, aí a maioria disse não. Acham justos os subsídios, mas ninguém se acha responsável por pagar, o responsável é sempre o outro.

Atualmente, o Brasil é o único país do mundo que possui meia-entrada instituída por lei. Essa imposição injusta a iniciativa privada acaba tendo um efeito contrário a intenção da lei. Para compensar as perdas, a indústria simplesmente dobrou o preço das entradas, repassando para a sociedade os custos dos delírios dos políticos. O efeito colateral é a imensa quantidade de carteirinhas falsas circulando no país.

Sempre me senti politicamente incorreto por achar meia entrada e outras assemelhados, como gratuidade a idosos e estudantes em ônibus, uma mera ilusão, criado mais para satisfazer a um engodo político. Na verdade ocorre uma transferência de custo para os demais pagantes. No fim desse processo, pode ser que se inclua alguns nas platéias dos espetáculos, mas certamente exclui outros tantos, pela consequente majoração dos preços.

Qual é a sua proposta?