Opinião > Grevismo ocioso Voltar
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São os professores de Universidades Federais os culpados da greve? Respondo: O administradores públicos, há muito tempo, descobriram a fórmula de tirar de suas costas as responsabilidades. Transfere-as aos funcionários públicos. A Educação no paÃs está ruim? A culpa é dos professores. A Segurança Pública não protege os cidadãos? A culpa é das PolÃcias. A Saúde é precária? Os médicos são os culpados. Pronto, os funcionários públicos são a raiz dos problemas. Muito fácil vamos acabar com eles.
O mais intrigante é que depois de tantas greves, estas escolas ainda tenham as melhores avaliações de curso no paÃs. Se o curso fosse bacharel em grevelogia tudo bem, mas ... esquisito hein ?
É de total direito dos professores, reivindicar por melhores salários e condições de trabalho. Afinal, enquanto o governo corte gastos nas áreas sociais, continua encaminhando cerca de 46% para pagamento de juros e amortização da dÃvida, engordando os leões do capital financeiro. Esse tipo de polÃtica é inaceitável, e pior ver esse tipo de opinião por parte do editorial desse jornal.
Mais 139 dias no atraso do paÃs. Uma total falta de criatividade em negociação na crise empurrada com a barriga num pais tão atrasado em educação e renda. O MEC não percebe o caos, os professores ficam rÃgidos, os alunos ficam sem aulas, o Brasil perde, o futuro fica mais comprometido ainda.
Queria saber do Senhor Editor sobre a evolução salarial dele nos últimos 9 anos (ou nos últimos 5). Que tal voltar o seu salário para o que era em 2010 para ajudar a sua empresa (FSP) diante da crise? O que você acha disso, Sr. Editor? Afinal, a culpa da crise não é dos professores universitários, nem dos servidores do Judiciário (estes sim, sem reajuste há 9 anos). Todos tem direito à preservação do poder de compra do salário, todos. Inclusive, você, Senhor Editor (e sabemos que tem).
Essa corrida irracional atrás de altos Ãndices tem origem lá em 2011 quando os polÃticos através da Câmara e Senado aumentaram seus próprios salários em 62%. A partir daà todas as categorias passaram a querer correr atrás de grandes aumentos. É isso que dá um poder de insensatos ter a prerrogativa de aumentar seus próprios ganhames. Lastimável.
Esclarecendo, esse indice nao é de aumento real, apenas reposição dos ultimos anos...gostaria de saber se as reaçoes serao semelhantes ao pedido do judiciario, de 78%, que provavelmente sera aprovada na calada, sem necessidade alguma de greve. Se alguma coisa é perdida, e de fato é, durante uma greve, saiba-se que todas as aulas sao repostas e os professores ficarao com um calendário transtornado ate 2019...
A imagem que foi criada sobre os funcionários públicos é baseada em artigos, como esse, que distorcem a realidade, na verdade mentem abertamente sobre a realidade do serviço público, em especial nas Universidades. Dizer que os funcionários federais constituem uma classe de privilegiados pois "ganham salários acima do setor privado" e possuem privilégios na aposentadoria é uma grande mentira. A aposentadoria dos funcionários públicos é proporcional ao valor pago durante a vida profissional.
Folha mostrando mais uma vez que sabe direitinho a cartilha ideológica do PSBD...
Menos, sr. editor, menos. Pesquisadores e intelectuais mais mal formados? Então não são uma coisa ou outra. Apenas profissionais - já que o estado chancela sua condição formal - é que vão sair mal formados. E o que tem demissão com as calças? Basta não pagar salários a quem não trabalha. Porque pagam?
ImpossÃvel não associar a duração e a frequência de greves no serviço público com o fato de os servidores terem garantida de estabilidade. Não se trata de sugerir o fim da estabilidade ou do direito de greve, mas de repensar e buscar alternativas ao modelo atual, extremamente vantajoso aos que fazem da greve uma profissão de fé.
Em todo caso, o que podem fazer o público e o funcionário público senão espernear quando conduzidos como gado ao matadouro? Aguardar dias melhores com esse governo?
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