Samuel Pessoa > Debate na ciência política Voltar
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Vivemos mesmo um impasse polÃtico-econômico. Pelo visto, este durará até as próximas eleições de 2018. É inegável que estamos pagando os custos das trapaças da reeleição de Dilma. Ela trapaceou com as pedaladas econômicas e fiscais e, agora, a oposição e parte da base governista, pressionados pela revolta da opinião pública contra o estelionato eleitoral de Dilma, não se comprometerão efetivamente em ajudar o seu governo a consertar os danos econômicos da sua trapaça eleitoral.
Por comentário do atual presidente da câmara, nota-se que os partidos conservadores se opõem fortemente a depender da militância, pois nunca tiveram isso, sempre viveram das doações de campanha.
Tudo que não tem havido no presidencialismo é programa, ou é divisão de cargos ou pagamento de dinheiro para o congresso funcionar e isso não é de agora, já vinha antes do atual grupo no poder, talvez tenha sido ampliado pela maior distância ideológica dos parlamentares ao mesmo. Fazer com que partidos vivam do que arrecadam através de sua militância, sem doação de empresas e sem fundo partidário é o único jeito. A tentação de montar partido por dinheiro acaba, só os pequenos ideológicos ficam.
O pete não só é um partido com tentações hegemônicas, como também é arrogante, presunçoso, ignorante e incompetente. Mas nosso sistema polÃtico também é disfuncional, e a raiz dessa disfuncionalidade é a "maldita" (Constituição de 88). É populista, demagógica, e é cidadã sim, mas muito mais para os polÃticos e a alta burocracia do Estado, para os quais foram dados enormes privilégios e autonomia para defender os próprios interesses, do que para o povo.
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