Opinião > BC emparedado Voltar
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Se economistas de bom senso estão dizendo que seria imprudência elevar os juros, por que o BC não pode vir a público e falar que também está percebendo isso? Estamos muito atrasados, temos que debater as causas desse atraso, combate-las, fortalecer um paÃs democrático, seguro, com economia saudável.
Preocupação com protocolo? Olhe para resultados na sociedade. Nas últimas semanas o BC deixava claro que não liga para a sociedade. Só liga para a inflação. De repente acorda e começa a pensar. Percebeu que havia cometido um erro e quis corrigi-lo o quanto antes. Esta hesitação já salvou alguns bilhões de PIB e milhares de emprego. Se o fato se concretiza e muda efetivamente a direção dos juros para mais próximo de 5%. O paÃs é outro. Meta de emprego ao invés de inflação. giulianigrowth.com
Essa gente parece que bebe ou não sabe fazer contas. Selic a 14% e pouco, menos IR, equivale a pouco mais de 11%. Descontada a inflação, já rodando a quase 11%, teremos um juro real na faixa de 1%! Taxa de pais civilizado, que não é o nosso caso, mas totalmente insuficiente para ancorar as expectativas. O resultado será inflação anual na faixa dos 20% por volta de junho ou julho, quem estiver vivo verá.
Não entendo a expectativa criada em torno desta reunião do copom. Subindo ou descendo um bocadInho a selic permanecerá na estratosfera, alavancando o lucro de bancos e investidores oportunistas, falindo empresas e enfartando endividados.
Alta da SELIC não reduz inflação. O grande beneficiado é o rentista.
A independência do BC é crucial porque ele precisa ser capaz de funcionar sem as preocupações polÃticas de curto prazo, do contrário vira bombeiro, função para a qual não possui treinamento, daà a confusão em que se meteu. Por outro lado, a falta de independência significa que também perdeu autoridade, já que o resto do governo rema ao contrário. A ineficiência do BC se traduz pelo aumento do desemprego e da inflação, as duas áreas sobre as quais as polÃticas do BC deveriam ter impacto direto.
A presidente acuou o Tombini que, para atendê-la, buscou na nota do FMI - repeteco dos analistas brasileiros, uma válvula de escape.Não que deva aumentar os juros mas o Banco Central não pode prescindir de sua independência já perdida no primeiro mandato da sra. Dilma, reduzindo de forma abrupta os juros num perÃodo de pleno emprego e demanda elevada.Como cita o excelente editorial ,o Bacen precisa se ajudar ou perderá a pouca credibilidade que ainda resta.
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