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Precisa haver uma grande faxina na entidade, com demissões desde o auxiliar de manobrista até o mais alto cargo, auditoria profunda nas contas também de todos os funcionários, revisão e restruturação dos estatutos, implantação de auditagem autônoma, programa de governança corporativa, redução de cargos, profissionalização de dirigentes sem reeleição, mandatos de dois anos no máximo. Talvez, depois de algumas décadas tudo isso possa ser revisto. Se nada for feito, tudo fica assim, suspeito.
Grandes patrocinadores só estão abandonando o barco por causa da imensa exposição da corrupção. Só alguém muito ingênuo acredita que elas não sabiam dos podres da FIFA e da CBF. O editorial quer fazer crer que esses patrocinadores não sabiam de nada e que agora pressionam por uma gestão limpa. Enquanto a corrupção não respingava sobre suas imagens eles foram lenientes. Essa é a grande verdade.
Em sociedades organizadas acontece o contrário. Quando alguma empresa adota práticas ilegais, como por exemplo a contratação de mão de obra infantil, mesmo que seja no exterior, as organizações sociais promovem o boicote das marcas como forma de pressão. Ajuda o fato de que nessas economias existe um leque maior de marcas permitindo aos consumidores fazer o boicote sem prejudicar seus hábitos normais de compras.
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