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Todos os setores produtivos recebem algum incentivo fiscal. Todos. O carro que vc dirige. O tijolo da tua casa. O táxi que vc usa. A comida que compra. A lista é infinita. Todos tem fins lucrativos. Todos. E o governo não diz que carro a Ford deve lançar, tampouco qual liquidificador a Black and Decker deve aprimorar. Imagine o governo intervindo na gramatura do papel produzido pela Chamex. Agora, qdo o produto (no caso, a cultura) é bom para se manipular a massa...aà ele deve controlar.
o estado deve investir muito naquilo que é de extrema necessidade como saúde educação infra-estrutra etc.A sociedade de espetáculo deve se contentar com o bumbo na praça que geralmente é arte que se faz por paixaõ e com muito mais charme.Pois o artista produz aquilo que não é necessário e sim apenas para iluminar imaginações trevosas inerentes ao real e não como moeda de troca na qual se tornou vÃtima (arte) de um comércio fuleiro e medÃocre existencialmente.
Concordo com o articulista. Hoje, no Brasil, está em voga um pensamento liberal ortodoxo em que, realmente, se não existe lucro o suficiente para manter o projeto de maneira autônoma, não há porque manter sua existência. Não concordo mesmo com este pensamento, do mesmo modo como foi explicado. Ocorre que o perigo é da captura dos recursos públicos para os mais "próximos", os "mais chegados". Neste modelo atual, não há garantia que o erário gaste com o que é necessário, mas apenas dirigismo.
Digamos que algum artista queira fazer uma obra relevante, mas não popular. Nesse caso, a Lei Rouanet faz sentido. Ela deveria servir para financiar a pesquisa de ponta em arte, assim como há mecanismos para financiar esse tipo de pesquisa na ciência. Isso é muito mal entendido e muito mal usado. Na prática, a lei é usada como elemento de uma barganha ideológica em que o governo concede direito de prospectar financiamento a artistas e empresários engajados no seu projeto cultural... Dirigismo..
A Lei Rouanet é abusada por gente rica que usa dinheiro público pra enriquecer ainda mais, gente que não está nem aà pro paÃs, são como vampiros cravados em jugulares.
Os subsÃdios parecem nocivos e que só trazem o bem, mas na prática a história é outra.
Comentário muito pertinente da coluna: projetos importantes em necessidade de financiamento não encontram suporte porque as grandes empresas usam a dedução para fazer seu marketing cultural. Essa é uma grande distorção. Mas não joguemos fora o bebê com a água do banho...
Esta lei serviu, por exemplo, para o governo dar 4 milhoes de patrocinio ao cantor Luan. Um cantor que superfatura muito bem, tem aviao e faz shows todos os dias pelo pais a fora. Isto e um absurdo. Esta lei permite que o empresario escolha onde quer investir o dinheiro que devia recolher de imposto. Outro absurdo. O governo abre mao de receber o imposto e depois quer o retorno da CPMF. Outro absurdo. Se o artista e' rentavel, nao precisa de subsidio.
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