Hélio Schwartsman > Habeas corpus Voltar
Comente este texto
Leia Mais
Independentemente da proteção que a lei confere ao feto desde a sua concepção, se fetos podem ser comparados a vÃsceras e retirados ao bel prazer da hospedeira, talvez o mundo não contasse hoje com muitos apêndices, divertÃculos, rins, etc., que se tornaram vÃsceras de renome em todos os campos, inclusive do jornalismo.
Aà colunista, veja a contribuição do pessoal aà de baixo, com quem também concordo. Uma coisa é aborto, outra coisa são as drogas.... não coloque tudo no mesmo balaio que não vai funcionar. São questões com dinâmica completamente diferentes... e repercussões também.. Se vc é favorável ao aborto, não misture com liberação das drogas, pois são de natureza completamente diferentes. Acho bem difÃcil alguém se vic iar em aborto
Ah, o colunista leu e desenvolveu meu comentário no editorial da semana passada, né? É, eu percebi... brincadeira, claro que a questão é justamente essa, e mais de uma pessoa chegaria a mesmÃssima conclusão
Trata-se de uma esfera da vida privada no qual o Estado não deve estar apto para regular. Em relação à posição do pai quanto ao aborto, de fato não se trata de uma questão simples. Algo me leva a crer que, na maioria das vezes, é justamente o pai não concorda com o nascimento do filho e pede o aborto da mãe. De toda forma, acredito que a posição liberal, onde o Estado não cause intervenção, ainda seja a melhor. Assim, cada um toma suas decisões e não refém do Estado em suas posições mais Ãntimas
Quem já conviveu com um viciado em drogas sabe o quanto isso desestabiliza e algumas vezes destrói famÃlias. O articulista traz o debate no momento da crise da microcefalia. Eu pergunto: o seu raciocÃnio vale para fetos com sÃndrome de down? Com qual graduação? O articulista foi extremamente infeliz.
Aposto que a maioria das pessoas que acham que embriões de poucas semanas são seres humanos são, ao mesmo tempo, a favor da inseminação artificial, que ocasiona milhões se embriões congelados para provável descarte futuro.
O uso de drogas não afeta diretamente a terceiros?Chamar um embrião de poucas semanas de vÃsceras?Gosto muito do colunista porem as vezes é impossÃvel nao discordar.proponho que um usuário de drogas assine um termo isentando o serviço público de qualquer tratamento ou medidas que impliquem na manutenção de sua vida.Ai tudo bem.
Anhanguera, Luigi e PH: O aborto masculino existe e é legalizado. São 5,5 milhões de brasileiros sem o nome do pai na certidão de nascimento.
É direito da mãe registrar sem o nome do pai. O inverso não. Então é sim legal e previsto no direito. Agora, falar que criança abandonada vai se tornar ator de cinema... me poupe.
Messias, fantasioso é afirmar que uma criança abandonada irá tornar-se ator de cinema. Mais provavelmente ela irá encostar um cano na sua cabeça em troca de dinheiro e você irá sair na rua bradando por menoridade penal, pena de morte etc etc etc...enfim, antecipe sua hipocrisia.
O abandono é uma coisa horrÃvel, mas dai a igualar com um crime que é o aborto só pode ser piada de mau gosto. Uma criança abandonada pode se tornar uma estrela de cinema como Sarah Michelle Gellar. Uma criança que tem sua gestação interrompida não pode se tornar nada.
Ser legalizado significa que é amparado por lei, e isto que você disse não é amparado por lei. Portanto o que você afirma não condiz com a verdade.
Os comentadores homens generalizaram a questão: para começar, nenhuma mulher gostaria de abortar. Em segundo lugar, a concepção voluntária, fruto da vontade de ambos, em circunstâncias normais, não está em questão. Na hipótese da doença, pai e mãe decidem. Não há sentido nas hipóteses levantadas de que, no casal, a mulher, sozinha, tome a decisão. Em qualquer hipótese sabe-se, trata-se de decisão sofrida. O articulista fala em decisão jurisprudencial por parte do judiciário: poderia detalhar?
"embriões com poucas semanas de desenvolvimento ainda não são pessoas". Esse é um raciocÃnio que não para em pé. O óvulo fecundado dentro da mulher é uma vida humana. Se ninguém mexer nele, não vai nascer um cabrito, uma unha ou um fÃgado. Nascerá um ser humano. O aborto é o descarte de vidas humanas por conveniência dos já vivos, não importa o esforço de desumanização do feto empreendido pelos pró-abortistas. A questão é se a sociedade aceita institucionalizar tal ato.
Gostaria de saber sua opinião sobre a inseminação artificial que gera milhões de fetos congelados e que provavelmente serão eliminados.
Concordo. Aborto não é assunto para consulta popular. Aborto é decisão da mulher e deve ser descriminado. A descriminação baixará os custos e ficará acessÃvel.
Não é ?? Quem vai pagar o aborto? O SUS! O SUS é público e portanto TODOS devem opinar! Segundo um feto é sim uma vida!
Perfeito .
Por questão de igualdade de gênero (tão defendida pelas feministas), está claro que o pai também deve ter o direito de opinar sobre a interrupção ou não da gravidez. Se pelo menos um dos dois for pró-vida, a criança deve nascer.
Concordo que o plebiscito não é a melhor forma de decidir este assunto. Me parece óbvio que quanto mais complexo um problema menor será a quantidade de pessoas capazes de resolve-lo (ainda que soe antidemocrático).
De fato, concordo com o autor, o Estado deve regular apenas as condutas que tenham projeção social, não as que se referem ao âmbito estritamente individual. Mas esse é o ponto: a criança em formação no corpo da mulher NÂO É, de forma alguma, uma simples "parte de suas vÃsceras", como afirma o autor. É um organismo que tem o seu próprio DNA, diferente do da mãe, tem seu próprio dinamismo de desenvolvimento e de crescimento e amanhã será um lindo bebê. Ninguém pode decidir a sua morte. Ninguém.
Evidentemente esse tema não tem solução simples. Na verdade, qualquer decisão, a favor ou contra, será relativa a um certo sistema de valores. A partir de que ponto um feto deixa de ser "vÃscera" e passa a ser um indivÃduo cujos direitos devem ser defendidos pelo estado ? Depende. A partir de que ponto os pais são responsáveis por um ato que afinal tiveram a liberdade de fazer ? Depende. A partir de que ponto a opinião do pai tem vale, dado que ele será responsabilizado depois ? Depende.
A concepção exige homem e mulher. Na tese do colunista, a opinião do pai é irrelevante, valendo apenas a opinião da mãe; se ela quiser o filho, ele nasce; se ela não quiser, ele não nasce. Por direito de igualdade, então se deve fixar que o pai só tem obrigação para com o filho se o desejar. Se o pai quiser o filho, ele o alimenta; se não o quiser, ele não o alimenta. Quem tem direito exclusivo, também deve ter obrigações exclusivas.
Somente a concepção exige homem e mulher. E a gestação? A obrigação exclusiva para gerar o bebê é da mulher. Um homem que deseja ter um filho precisará se esforçar bastante para atender todas as necessidades dela e lhe dar garantia de que estará sempre presente para protegê-la e ao filho. Sempre foi muito cômodo para os homens. Ele pode "abortar" e não sofrerá nenhuma pena. Enquanto os homens não responderem criminalmente pelos seus deveres, não poderão criminalizar a mulher que aborta.
Parabéns pela sensata abordagem. Temas de cunho pessoal, devem ser resolvidas individualmente. Cada um tem sua consciência.
Se for fazer um plebiscito sobre legalização do aborto é bem provável que o NÃO vença, a população brasileira é a favor da vida, provavelmente todos vegetarianos. Como é que um feto humano vale mais que um peixe? O peixe que nada tranquilamente no mar é abatido sem do, o boi no pasto, o frango criado de modo "desumano". Só o homem tem direito à vida. E é justamente o super população de humanos que está tornando o planeta inabitável.
Parabéns!!
O Codigo Civil brasileiro de 2003 (art 2o.) preserva o direito civil do nascituro desde à concepção. Intelectuais materialistas não enxergam um milÃmetro adiante do nariz a não ser a si próprio.
Concordo 100% com o colunista. Parabéns, Hélio!
Concordo com a legalização desde que acompanhada do direito do pai de abrir mão da paternidade.É injusto obrigar um homem a ser pai quando a mãe puder escolher entre ter ou não a criança........ Só um detalhe...o articulista tratar em feto como "vÃcera" da mãe...é triste hein?
Quanto ao aborto, concordo com o articulista, porém, discordo sobre querer dar ao consumo de drogas o mesmo tratamento, pois estas afetam, e muito, a vida de terceiros.
Perfeito!
É de foro intimo sim. Só a mulher sabe avaliar as suas condições e possibilidades de assumir o filho (a). Tê-lo ou não, e os cuidados para a criação que é multiplicado, no caso de dependência permanente é multo maior. Quem vai suportar a sobrecarga emocional e de tempo integral, isto é, "a vida toda". E se não quer ter o filho(a) seja lá qual for a razão! No caso quem é contra ou proÃbe o aborto deve se responsabilizar pela criação. Os "vizinhos" na hora H tiram o corpo fora; "quem mandou".
Concordo cem por cento! É uma decisão de cada mulher. Nem governo, nem igreja, nem vizinhos devem se meter, mesmo porque não serão eles os responsáveis pela criança, sem esquecer que muitos homens vão embora quando a barra pesa, preferindo constituir uma famÃlia saudável em outro lugar. Parabéns ao editorialista!
O apocalipse criado pela explosão do número de casos de microcefalia, não é a única questão que as mulheres enfrentam na gravidez. Temos que nos preocupar com nossos serviços, temos um quadro de crise no paÃs e muitas ainda têm que passar por isso sem apoio de seus parceiros. Pior que isso é ser saber que o filho que geramos tem uma doença altamente incapacitante. O governo e a sociedade que permitiram as disseminação dessa praga não merecem a nossa consideração ao fazer tal escolha.
Inteiramente de acordo com o brilhante e corajoso articulista. É mais do que tempo de que se acabe com o obscurantismo que rege as leis sobre esse tema no Brasil.
Obscurantismo é ser a favor da eugenia que será praticada!
Busca
De que você precisa?
Fale com o Agora
Tire suas dúvidas, mande sua reclamação e fale com a redação.
Hélio Schwartsman > Habeas corpus Voltar
Comente este texto