No Brasil, além de se ter poucos meios alternativos de resolução de conflitos, nosso judiciário é barato para quem ingressa com uma ação. Tem gente aqui comparando com outros países. Primeiro são países com tradição democrática de centenas de anos, sociedades organizadas e instituições mais consolidadas, ou seja, mais pessoas conhecem e respeitam a lei. Segundo, ingressar com uma ação nesses países é muito caro! Então, lá, as pessoas buscam outras alternativas antes do judiciário.

Isso é coisa do serviço público brasileiro: poucos trabalhadores especializados e excesso grosseiro de pessoal burocrático. Muitos deses burocratas inúteis são intocáveis, passaram em concursos que privilegiam a decoreba e são os brasileiros de primeira classe, tratados pelo sistema muito melhor do que o sistema trata quem trabalha e produz.

Caro Hélio, na Alemanha e na Inglaterra não há o número de processos aqui existente. Nosso Judiciário é inchado porque nossa sociedade é conflituosa e avessa à ideia da "rule of law", daí a enorme quantidade de processos. Além disso, e principalmente, nosso Judiciário é o ganha pão dos numerosos advogados em atuação no País. Não há interesse do poderoso lobby da OAB na redução da estrutura do Poder em questão.

O benchmark revelou dados assustadores da ineficiência do nosso judiciário,parabéns ao articulista. Sugiro aprofundar o tema comparando informatização,formação e instâncias legais com os mesmos países.

O primeiro fator da morosidade é o servidor publico que ganha pouco não tem meta, não tem meritocrácia no emprego e tem estabilidade do emprego.A 2* é muitos recursos até ser sentenciado.

Na Alemanha são 80 milhões de habitantes. Na França são 67 milhões. São PIBs bem maiores. Sem falar no padrões ético e legislativo superiores, que diminuem a carga daqueles Judiciários. É necessário contextualizar melhor os argumentos, mas o colunista tem muita razão.

Excelente comentário do articulista. Sistema caro ineficiente e pouco ético. Sendo os mais bem pagos de todos os funcionários e em plena crise ainda queriam setenta por cento de aumento.

O mesmo raciocínio se aplica a quase todas as esferas do poder público. Há necessidade de tantos deputados, senadores, vereadores, secretarias etc? O Estado poderia ser reduzido a, no máximo, um terço do atual sem prejuízo de seu funcionamento.

A questão do tamanho e da i-neficiência extrapola o J-udiciário e vale para todo o governo, em todos os níveis incluindo-se as estatais e autarquias. Dados de 2014 dão conta que o Banco do Brasil possuía 5.450 agências no país com 112,216 funcionários. Já o Bradesco possuía 4,649 agências com 83.000 funcionários. Numa regra de três simples, se o Bradesco fosse adotar o padrão do BB, em vez de 83.000 funcionários teria mais de 95.000.

Na verdade, o Judiciário gera receita e não despesa, em função da cobrança das custas processuais. Para reduzir o tamanho do Judiciário - e o tempo processual - seria necessário a implementação e ampliação de outras instâncias de resolução de conflitos, como as câmaras de mediação e arbitragem, e outras soluções conciliatórias comunitárias. No Brasil, qualquer confusão, qualquer discórdia, vai parar no Judiciário.

Nao sao os juizes que tornam a justica cara e lenta no Brasil. O Governo e' o maior descumpridor de leis do pais, recorre de tido e ultimamente tem sobrecarregado tambem a justica criminal com a corrupcao edemica.

Ainda lembro que numa palestra, sobre a lisura nos tratos jurídicos, um palestrante fez uma comparação inesquecível. A comparação era entre juízes no Brasil e na Inglaterra, e assim se expressou: lá um juiz recebe junto ao holerite, um cheque a ser preenchido. Fosse adotar o mesmo procedimento aqui, teríamos que aumentar a capacidade da Casa da Moeda.

Não resta dúvida que ao acompanhar uma seção dos diversos tribunais, rara aquela em que não nos envia a um ambiente entediante, recheado de firulas sem objetivos que causa tédio e desconfiança.Raros aqueles que nos dá certeza do domínio jurídico.Faz-nos acreditar que estamos nas mãos de espertos.

Quando um leigo fala de justica, dá dó.