Texto preciso, essencial, demolidor... a começar pelo título. Quanto à Fernanda, no entanto, acho que está colhendo o que plantou, antes e depois do pedido de desculpas. Afinal, se o soneto já não era lá essas coisas, a emenda acovardada ficou muito pior. Em suma, ela fez por merecer os elogios da coluna F5 e sua eventual saída da arena se confirmar, não trará prejuízo ao debate público.

Só falta virem patrulhar aqui também... Quem suporta essa gente?!

Se o soneto já não era lá essas coisas, a emenda acovardada ficou certamente muito pior. Fez por merecer, pois, os elogios do colunista do F5 e de toda a fauna do politicamente correta. O bom debate não perde nada com a saída da Fernanda.

Como todo artista, Fernanda Torres vive de estar sempre na mídia. O desfecho foi, sim, um final feliz para ela, pois o intento de chamar a atenção em torno de si foi alcançado. Ela é uma boa artista cênica, mas, como colunista, é como ler comentários pessoais no facebook, constrangedores. Suas opiniões são tão relevantes como de seus pares nas revistas Caras ou Capricho, por exemplo.

Resumindo:como os jornalistas se adoram...

A discussão desse tema é infantil, mas está na moda patrulhar, principalmente os renomados (minha filha é ativista a esse respeito e sei como é). O que mais me incomoda é a afirmação da Fernanda Torres , endossada pela ombudsman, de ser classe média. Classe média, segundo os economistas, é alguém que ganha cerca de 2 mil reais mensais. Imagino que a autora refletiu inadvertidamente a vergonha que o brasileiro sente em ser classificado de classe alta.

Coluna lúcida, inteligente, com ampla visão dos fatos, comprovando que Vera é uma das melhores ombudsmans que já passaram pelo pedaço. Além do feminismo, a coluna de Fernanda também foi criticada simplesmente por ter escrito a palavra "mulata". Os shiitas também querem banir nossa história de miscigenação e impor - a todos, não só a seus seguidores - sua versão de mundo.

Faltou apenas um detalhe à Ombudsman: procurou a FernandaTorres com esses questionamentos? Não, usou o espaço natural de Ombudsman pra escrever coluna de opinião. Ao espaço natural restou um parágrafo que foi a volta do índice.