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  1. Akeronte

    Hoje há dois bons artigos sobre trabalho, esse do Coutinho e o outro do Luli. Há mais de trinta anos, Eduardo Portella, num arroubo de inteligência, disse "Não sou ministro, estou ministro". Uma nuance entre ser e estar possível no português. A identidade refere-se à permanência, mas a distinção entre ela e a transitoriedade é questão mal resolvida. Se o aumento da expectativa de vida afeta a identidade conferida pelo trabalho, no futuro robotizado o drama será da identidade reservada a poucos.

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  2. doctorzaius

    Os telejornais, que sempre identificam os entrevistados na rua em uma legenda com nome e profissão. Imagino um mundo em que a legenda diga "Cicrano - gosta de viajar, ir a shows de rock, dançar e almoça todos os domingos com a família". Seria mais pertinente, pois traçaria a personalidade da pessoa e das suas credenciais para falar sobre o assunto que seja tema do depoimento: inflação, assaltos na rua, compras de Natal, etc.

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  3. Urtigão

    Se essa criança fosse brasileira tenho certeza que iria preferir ser aposentada como funcionária pública que continuaria recebendo o mesmo salário e outros penduricalhos.

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  4. Dewey

    Caro João, a raiz da infelicidade talvez esteja no fato de algumas pessoas escolherem uma profissão apenas para ganhar a vida. Eu acredito que é muito mais que isso. É a capacidade de influenciar a sua comunidade, de ajudar aquele parente menos afortunado de cursar uma faculdade, e acima de tudo, a capacidade de ser um bom cidadão. Já dizia a Margaret Thatcher que o bom Samaritano só foi bom porque tinha dinheiro, ou profissão para ajudar. A profissão deve ajudar o quê você é, e quem você é.

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    1. Maga

      Já disse o grande Confúcio 'descubra o que você ama fazer,e nunca mais terá de trabalhar na vida"

    2. Fernando Murillo

      João, muito bem escrito e encorajador seu texto. Sou jornalista há dez anos e confesso que "não trabalho", ou seja, tenho a sensação de estar sempre em lazer por fazer o que amo. Sou formado tampouco em Direito e já pensei em largar tudo por vezes para seguir outra profissão, para sair um pouco da pieguice do que faço, muito embora ame. Entretanto, a linha entre a escrita e projeção e a realidade estão bastante distantes e creio que arriscar mudanças radicais em tempos tão sombrios é dificílimo.

  5. Krüger

    Parece que o colunista cresceu no Brasil, onde o menino inteligente tem mais é que seguir carreira no setor público. Esse, sim, é um aposentado, já aos 23 anos. Não terá riscos na vida, e se aposentará com os vencimentos integrais e, talvez, mais alguns privilégios. Não sofrerá pressão, terá suas férias de 30 dias ininterruptos e intocáveis. Após 35 não precisará nem mais comparecer ao trabalho, podendo gozar de uma aposentadoria (agora de facto), para continuar fazendo o de sempre: nada!

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    1. Krüger

      Tem razão. Não posso generalizar, mas quando vejo alguém reclamar de falta de recursos, vê-se que os limites físicos não são aceitáveis; da mesma forma, quando alguém reclama de metas, mas sabe que jamais será demitido pelo seu não cumprimento, também não conhece o mercado; por fim, fala de falta de reposição salarial (de quê? De inflação?) como um direito supremo. Então te convido a um debate sério para comparar as realidades. Duvido que vc saiba o que é risco de demissão.

    2. ser1965

      Assim, antes de generalizar e falar bobagens sobre pessoas que você desconhece, informe-se, "cidadão", evitando assim destilar seu preconceito tolo num comentário vazio de significado.

    3. ser1965

      Não sei a que tipo de funcionário público o "cidadão" aí se refere. Certamente não a mim, e a maioria daqueles que comigo labutam, dando o melhor de si diariamente numa repartição onde as condições de atendimento ao público são ruins, onde a administração pública nada investe, mas cobra metas, onde faltam recursos humanos e materiais suficientes para dar conta da demanda pelos serviços que prestamos, e sem notícia, nos últimos três anos, de reposição, ainda que parcial, de perdas salariais