Os artistas mais famosos e populares montaram verdadeiras máquinas para arrecadar recursos públicos e assim zerar o risco de uma obra ruim (aliás obra ruim é mato no Brasil). O ideal é acabar com sanguessugas e eles que se virem pagando jabá no Faustao

Porque você não escreve sobre o corporativismo da classe artística ? O orçamento de R$ 2BI/ANO, é todo ele gasto com pessoal. A Lei Roanet é utilizada por uma meia dúzia de "famosos", que além de captarem os recursos, ainda assim cobram ingressos. Que cultura é essa ? Um show que enche o bolso dos artistas pode ser tido como cultura ? Um bom começo é rediscutir o que é cultura.

Hélio, porque você não escreve um artigo sobre a cultura mostrando que há 3.955 servidores em exercício e que o orçamento de R$ 2BI/ano é insuficiente para pagar o pessoal. Que a Lei Ronaet é utilizada por uma pequena parte de artistas "OS MAIS FAMOSOS" ? O corporativismo desta classe é nojento. O Wagner Moura, um mero ator, vai captar r$ 10 mihões na Lei Roanet para fazer um fil em homenagem à Mariguela, um guerrilheiro assim como Dilma, que defenderam o conflito armado contra as ditaduras.

O texto faz a apologia da "arte com boa aceitação do público", conceito cujos limites são difíceis de estabelecer. Diz, ainda, que o artista que não consegue vender é porque está fazendo algo errado e que esse insucesso deveria leva-lo a rever/aperfeiçoar sua produção. Ainda bem que grandes escritores, compositores e pintores não pensaram assim. Ficaríamos apenas com Paulo Coelho e Romero Britto

Tem uma série de fios desencapados nessa história. Primeiro, nem toda arte é cultura. Funk pode ser popular, mas não pertence a nossa cultura. Segundo, não é preciso ter um Ministério da Cultura para cuidar dos nossos museus, monumentos, bibliotecas e da nossa arte. Quem faz isso na França é o Min. das Comunicações. Terceiro, tem que haver um componente financeiro; cuidar de museus, monumentos e bibliotecas custa caro; é preciso transformar essas instituições em algo rentável como faz o México.

A Lei Rouanet é o guarda chuva da malandragem e o ralo do dinheiro público.