Se quem é rico não puder usar o Estado, então que não se cobre impostos dessa classe social. Isso é como pagar uma festa e não poder sequer beber uma água. De qualquer forma, o Brasil é um país de esquerda e por isso jamais será desenvolvido. Jamais. Nunca.

Pegou em flagrante, o autor deturpa a acusação. Marx criticava o conteúdo da educação e não o princípio de financiamento público. Agora quer convencer o leitor que cortar o financiamento da educação superior seria benéfica aos ‘pobres’. Não explica porque não se deve usar a caixa comum, devidamente aumentado por imposto progressivas da renda e da riqueza dos ‘ricos’ para financiar todas as etapas da educação, assim eliminando a base principal da falsa meritocracia que favorece os alunos ‘ricos’

Recalculei aqui: A USP tem 94.875 alunos e 5.25 bilhoes de orçamento. Supondo que cada aluno pague (em media) R$ 1000 , temos que (supondo que todos paguem e ninguém receba bolsa, nem mesmo os alunos carentes!) a percentagem do orçamento que seria coberta pelas mensalidades seria de 1,8% . Mas supor que alunos carentes não vao receber nenhum tipo de bolsa é irrealista. Supondo metade bolsistas, os alunos de classe media deveriam pagar 3 mil para termos 2,7% do orçamento ser coberto.

Nao, Guto. A US.P é uma universidade de pesquisa (a melhor da America Latina, creio). Manter pesquisa e laboratórios é caro. As universidades privadas não fazem pesquisa alguma. Na verdade, contratam um mínimo de professores doutores, para otimizar seus lucros. Seu corpo docente é de bacharéis e mestres (se tanto). Nas universidades federais e estuduais tipo USP e UNICAMP a pessoa faz um concurso, bastante disputado em geral, e só entra se tiver, além de doutorado, alguns pós-doutorados.

2) Sou prof. da USP e posso garantir que a verba arrecadada com mensalidades dos estudantes seria uma fração intima (1% ?), desprezível, da necessária para manter em funcionamento a Universidade. Ou seja, economicamente falando, a proposta não tem nenhum fundamento algum! Apenas seria MAIS UMA barreira para que estudantes do ensino médio considerassem entrar numa Universidade publica, pois nestas é difícil entrar e muito mais difícil sair (se formar). Não seria melhor um canudo da UNIP?

Existem dois argumentos nao discutidos nessa questão de universidade paga: 1) Se for para pagar, a classe media irá tirar seus filhos da Universidade publica e colocá-los em boas universidades privadas. Ao fazer isso, a Universidade publica será sucateada, cortes de verbas virão, pois as classes C e D não tem influencia política e na opinião publica para obter verbas para a educação de seus filhos. Foi isso o que ocorreu quando a classe media/alta migrou para o ensino fundamental e médio pagos.

Em verdade,seria mais sábio e prudente financiar o primeiro grau e o secundário ,inclusive técnico, para um ensino de qualidade ,sobretudo com salários mais dignos ao professorado,Não há como ter uma educação de boa qualidade sem valorizar o professor e devolver-lhe a dignidade de arquitetos sociais.Cursos superiores se proliferaram sem a devida preocupação com a qualidade de ensino e de formação de verdadeiros acadêmicos e não técnicos como hoje acontece.

Com todo o aparato de dados disponíveis na Receita Federal através do IRPF para definir quem é merecedor de subsídio, ficamos na dependência de políticos demagogos e populistas que preferem criar cotas raciais em detrimento de cotas sociais!

Repito minha crítica: para aceitar a crítica de Marx se deve aceitar o pressuposto, o de que o estado é instrumento de dominação de classe. No caso das Universidades, seria seu reprodutor ideológico, da mesma forma que a religião, ainda na visão de Marx. Utilizar a crítica de Marx à gratuidade da Universidade sem assumir ou sequer citar o pressuposto me soa a má fé. Não creio que o desconheças, Hélio....

As universidades públicas necessitam de investimentos e devem cobrar pelo ensino. Receita Federal têm um excelente banco de dados chamado IRPF que deveria ser melhor utilizado por todos os níveis de governo, seja federal, estadual ou municipal, para definir com critérios socioeconômicos objetivos os potenciais bolsista. Não é justo garantir universidade pública gratuita a quem pode pagar! Vamos priorizar a qualidade no ensino fundamental é médio.

A solução da elitização da universidade é investir e melhorar os níveis básico e médio públicos. E para isso não é preciso cortar o que funciona, as universidades públicas sao as melhores que temos, as únicas que fazem pesquisa. Porque se insiste em cortar no que funciona e é bom? Limites a juros insanos nem se fala, é como se tenha que ter um orçamento infinito para juros e outro em que se comprime para que o primeiro não tenha nenhuma interferência.

Opiniões sobre o "filósofo" Marx impressionam pela distância da verdade. Marx se formou em filosofia, mas, jamais exerceu, nunca deu aulas, Marx queria a destruição sa sociedade, queria a destruição da democracia "burguesa", Marx queria a revolução do proletariado e a ditadura do proletariado com os comunistas no poder "conduzindo o processo" revolucionário, e Marx queria "vingança contra pessoas e instituições odiadas"... e vem alguém dizer q Marx estava certo no séc XIX....

O problema está no desvirtuamento. Usado por estudantes que depois de formados só pensam em si e nos ganhos, ou por pessoas cuja prioridade é a ideologia. Dos problemas da comunidade não consideram responsabilidade deles que deveriam contribuir para a melhora geral das condições de vida. Os humanos agiam como um grupo coeso, buscando a paz e o progresso. Liberdade com responsabilidade. Agora as coisas mudaram. Tudo fragmentado. Cada um por si sem olhar para o sofrimento do outro. Por que?

Na década de 80 Ivan Lins tinha uma música que dizia:"Avisa ao formigueiro, vem aí tamanduá". Os dois maiores países em crise na região são Brasil e Venezuela, são também os maiores produtores de petróleo. Houve uma época que tudo era comunista, o que justificava intervenções, perseguições e torturas. Hoje, todos são corruptos e o livro de Ustra está se destacando em venda...