Hélio Schwartsman > Quando democracias erram Voltar
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Ainda que assistam na TV o vandalismo praticado pelos torcedores ingleses em todos os campeonatos internacionais que participam, as pessoas continuam com a imagem do inglês polido, de chapéu de coco e guarda chuva debaixo do braço. Não é coincidência que o Ãndice de criminalidade do Reino Unido é o maior entre todos os paÃses importantes da Europa. A parte que resolveu ficar é aquela do imaginário das pessoas; a que decidiu sair é , na maioria, aquela que vê nos estrangeiros uma séria ameaça.
Quantidade constrangedora de ideias ultrapassadas, lugares-comuns, preconceitos, teses pseudo-cientÃficas. Parece conversa de bar de um leitor da Veja.
Como disse o português João Pereira Coutinho em seu artigo de hj: "apenas aqueles que vivem com a cabeça na Lua se espantam com a saÃda do UK da UE"!. Acrescento q tb os ignorantes de história, e,m especial da história do UK, se espantam... só gente com a cabeça alienada quer q o UK permaneça junto com o continente e ñ percebem q a UE é uma ferramenta da Alemanha para conseguir o domÃnio da Europa q ñ conseguiu com as armas... infelizmente na atualidade a cegueira ideológica domina milhões.
Gostaria de lembrar o colunista Hélio Schwartsman que no coração da Europa se encontra um paÃs que não é membro da União Europeia: a SuÃça, cuja economia – se comparada com a de seus vizinhos europeus – vai muito bem, obrigado! Então, eu pergunto: a decisão democrática do povo suÃço de ficar de fora da União Europeia pode também ser qualificada como “objetivamente errada”?
Insisto: não devemos subestimar o voto popular – ainda mais de uma democracia consolidada como a do Reino Unido. Pois, não quero acreditar – como a quase unanimidade dos comentaristas – que todos que votaram a favor do Brexit são pobres, xenófobos ou ruralistas. O problema me parece ser outro: a União Europeia é uma organização pouco democrática (ditando as regras de cima para baixo), e talvez este Brexit até contribua para ela refletir e se reinventar a fim de evitar outros “Exits”.
A SuÃça não é potência mundial nem tem ambições geopolÃticas. O Reino Unido deixa de ser uma grande potência. A SuÃça faz parte do mercado comum europeu e assim precisa seguir todas as suas regras. O Reino Unido fará o mesmo; 44% de suas exportações vão para a Europa. Mas não vai poder participar da elaboração das regras. Ninguém em sã consciência sai do maior mercado do mundo. Fora da UE, o Reino Unido tem menos poder e menos soberania.
"O melhor argumento contra a democracia é uma conversa de 5 minutos com o eleitor médio". Dito por Winston Churchill.
Algumas perguntas levariam o articulista a refletir melhor. O Reino Unido exporta 50% do que produz para a C.E. Mas pergunto: o que exporta? São produtos substituÃveis? Muito disso podem ser componentes para acordos de empresas mistas que antecedem a C.E. Outra questão é: OS Britânicos tem problemas de serem aceitos em outros paÃses? Outra é: ele mantiveram sua moeda, o que já era uma coisa mais para fora. Não sei se a curto prazo será ruim, mas acredito que a médio prazo será bom para o eles.
Excelente, acurada, pertinente análise.
De que democracia fala o autor ? Aquela em que foi criada em que 400 votavam na Grécia por um pais inteiro no século V ac ? Falam interesses ganhos e perdas não fala a civilização . Fala o egoico . Inglaterra vai de arrepender pois Escócia e Irlanda vos sair . A identidade continuará : arrogância .
E ninguém achou que 51 a 48 não é legÃtimo como se tentou vender por aqui em 2014.
O Brasil é mais prático: quando a democracia falha, dá-se um golpe.
A UE, através do Parlamento Europeu e da Comissão Europeia, tornou-se excessivamente intervencionista, burocratizante e centralizadora, e as pessoas, compreensivelmente, começaram a ficar com o saco cheio desse excesso de intervenção em suas vidas e em seus paÃses.
A UE virou bode expiatório de governos incompetentes. Não foi a UE que impôs as polÃticas de austeridade depois da crise, foram os governos nacionais, da Alemanha para quem precisava de ajuda do bloco, de David Cameron dentro do Reino Unido. AÃ, diante da incompetência dos lÃderes trabalhistas para mobilizar a esquerda para defender as conquistas sociais da Europa, os eleitores que um dia votaram na esquerda optaram pela ultradireita nacionalista. Afinal, quem manda na UE? Os governos nacionais.
Resposta simples e curta o reino unido não quer imigrantes pobres, não quer pessoas sem instruções circulando em seus territórios.
Vivemos tempos diabólicos. Diábolos, significa divisão. As divisões no seio da sociedade, por motivos polÃticos, racistas, sexistas. As divisões do mercado, na competição das empresas. As divisões dos paÃses, a ruptura da busca de unidade, simbolizada na União Européia. Vivemos tempos diabólicos.
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