Hoje foi dia de encher linguiça...

Enfim, o grande articulista se rende à tese do golpe. Em tempo.

É um golpe de classe ou de classes - dirigentes do país! É um basta para o populacho que ousou entrar no Planalto e como só eram permitidas as propinas nos mandatos daquelas classes, que ousadia da república popular querer imitar as regras dos apaniguados de ontem. O parasitismo patrimonialista e prebendário sobre o erário público tinha que ser dividido entre os pares; aí entraram os ímpares que de maneira esdrúxula quiseram copiar a estratégia das velhas e imorredouras raposas.

O colunista defende a idéia de golpe com base num parecer tecnico, que não modifica nada do que já foi apurado pelo próprio TCU, por óbvio não existiu intervenção direta da presidente nas pedaladas, enquanto os decretos foram assinados pela própria. O que se constatou, de toda manobra contábil feita pelo Governo Dilma, é que dados economicos foram escandalosamente fraudados em plena camanha eleitoral e ainda depois...enganando o povo sobre a realidade economica do país.

Inocente, o Elio!!

Inocente, o Elio!!

Infelizmente a sociedade capitalista não tem a menor paciência com governos com tendência socialista. Se estes não satisfaz aquela há rapidamente um ruptura fascística. O que tais mentalidades não levam em conta é que de tempos em tempos haverá crises e não sabendo passar por elas respeitando todo o processo (democrático, econômico, político, social etc.) continuaremos a ser aspirantes de um país desenvolvido.

Pedem uma perícia (ou seja lá que nome tenha isso) a funcionários públicos que continuarão a sê-lo seja qual for o resultado do impeachment. É claro que eles tentaram, ainda que inconscientemente, agradar aos dois lados. Então a dona Dilma traz o senhor Arno Agostin exatamente para pedalar e não tem responsabilidade sobre isso! Não faz sentido, convenhamos... O senhor Gaspari está tentando confundir o cenário já confuso. Golpe é dizer que é golpe.

A perícia é só um meio de prova à qual juízes não estão vinculados . Em especial a esta que de perícia nada tem pois que se limita a dizer que as tais pedaladas não seriam ato de Dilma, mas de seu governo. Ora pois! Dilma é o governo pq dela partiram as nomeações para os que praticaram os atos com sua aquiescência dolosa. Impeachment é julgamento do político e de sua política .

O colunista tolinho ainda nem desconfiou que essa gente não faz pedalada nem pixu-leco, manda fazer.

Esquisita essa conclusão. Então Dilma é a presidente e seus auxiliares dão pedaladas de 50 bilhões e ela não é responsável, como assim? Ela é responsável pelo que acontece em seu governo, e se existiram pedaladas ela é responsável. Além do que, não acredito que seus funcionários tenham pedalado sem que ela soubesse, autoritária como é. Não tem golpe nenhum, fora escumalha.

Prezadíssimo colunista e respeitado escritor - quer dizer a deposição presidencial não foi um golpe à luz da lei, mas o foi à luz do dicionário? É isso mesmo? C.

..há uma farta esc´ria política sendo expulsas ..n sentido pé na ....Hiii hi hi

Chamar a deposição de Presidente de golpe é uma afronta aos milhões de pessoas que pagaram com a própria vida os golpes militares realizados no seus países. É preciso esclarecer que as pedaladas foram uma tentativa de esconder o deficit durante a campanha para que verbas pudessem ser direcionadas para programas clientelistas. Isso fere os princípios constitucionais. Por isso, mais de dois terços da população brasileira, o NYT, o Economist e o Wall Street Journal pediram a saída dela.

A leitura atual de "A Ditadura Envergonhada" envergonha por mostrar tantas coincidências entre o processo de derrubada do governo João Goulart para implantação do regime militar e o atual processo de destituição da presidente Dilma para a volta dos que nunca foram. Impressionante como a história sempre se repete neste nosso triste país.

Melhor nem qualificar essa coluna. A perícia não trouxe nenhuma novidade. As pedaladas não poderiam ter a digital de um presidente. Fossem valores irrisórios que não comprometessem a lisura das contas públicas, tudo bem, não se estaria discutindo. Mas os valores são estratosféricos, impossível não ter a participação direta da Presidente, senão em ato comissivo, ao menos em ato omissivo. O mandante do crime não assina requerimento com firma reconhecida. Gaspari, vai enganar outro!

Golpe parlamentar, não estamos no parlamentarismo para aprovar voto de desconfiança, nem temos recall na lei. Mas a lei, ora a lei, o mercado e seus representantes no congresso já decidiram, não interessa as urnas, elas podem ser diferentes de suas posições.

O que a perícia chama de "não encontrou digitais" é a falta de assinatura; tivesse-as, certamente exigiriam reconhecimento de firma em cartório; tivesse-o, certamente deveria ter sido registrado na junta comercial; tivesse-o, certamente deveria ter as chancelas de dois ministros como testemunha; tivesse-as... Como não tem nenhuma desta sequencia de "evidências", então o colunista chega à conclusão que, após uma tortuosa manobra de raciocínio... Uai! Mas essa manobra de raciocínio como chama?

O articulista sabe escrever bem sobre ditadura, mas sobre democracia é um desastre! Desde quando um "parecer" de 3 sevidores do senado se sobrepõe á analise do TCU?

E é verdade que "ninguém" aqui duvida da independência do corpo técnico do Senado, composto obviamente por "técnicos" leais aos seus "muito bem intencionados patrões" senadores da República, ainda mais se analisarmos a insistência do "imparcial" José Eduardo Cardozo, puxa-saco, digo, advogado de Dilma, parece que adivinhando o resultado da perícia; e finalmente autorizado por ninguém menos que o Ricardo Lewandowski. Conta outra Dr Hélio.