Ruy Castro > No Brasil, ler é coisa que se faz por obrigação Voltar
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Pena que não vi esse comercial! Iria boicotar o produto e reclamar junto ao Conar. O brasileiro já é tão sem cultura e esses publicitários incentivam mais...talvez por sê-los também.
Em um paÃs que o Funk e o Sertanejo dominam, que basicamente só jogador de futebol prospera e em uma era que os tablets e smartphones dominam, é muito difÃcil um livro, jornal ou revista parecerem atrativos. Posso dizer que nós assinantes somos um grupo muito restrito e privilegiado que tem o hábito de leitura.
Não me lembro de como aprendi a ler. Desde que aprendi a ler, a leitura foi minha paixão. O curioso é que sempre foi uma paixão espontânea, natural. Lia com voracidade , com prazer. Papai percebeu isso e comprava para mim, uma ou duas vezes por mês, os livros da obra para crianças do Monteiro Lobato. Levava o livro para a mesa, lia à noite, na hora de dormir (minha mamãe apagava a luz, eu esperava um pouco e voltava a ler) lia com paixão. Estou com 62 anos hoje e leio todos os dias.
Não me lembro de como aprendi a ler. Desde que aprendi a ler, a leitura foi minha paixão. O curioso é que sempre foi uma paixão espontânea, natural. Lia com voracidade , com prazer. Papai percebeu isso e comprava parfa mim, uma ou duas vezes por mês, os livros da obra para crianças do Monteiro Lobato. Levava o livro para a mesa, lia à noite, na hora de dormir (minha mamãe apagava a luz, eu esperava um pouco e voltava a ler) lia com paixão. Estou com 62 anos hoje e leio todos os dias.
Gostaria de ter locais para ler com tranquilidade e segurança, onde fosse possÃvel trocar experiências com outros leitores sobre as obras clássicas ou mesmo as novas publicações do mercado editorial. Infelizmente, não temos o efetivo direito à cultura no paÃs, o que perpassa por outros direitos humanos, como à segurança pública, à mobilidade urbana, a um meio ambiente ecologicamente equilibrado e à qualidade de vida que desejarÃamos de um paÃs estável, em pleno século XXI.
Caro Ruy Castro, é interessante como temos pouco hábito. No entanto, no primeiro momento é uma questão de disciplina (tem que se atribuir a si mesmo), depois vem o prazer, que extrapola mesmo para os assunto técnicos. É um prazer ler algo de sua área de especialização. O que nos levou a perder este hábito ? Pelo que me consta, embora cabendo mais às elites, o Brasil lia muito mais por exemplo na década de cinquenta do século XX.
Bem, a leitura no mundo contemporâneo compete com outras formas de cultura na obtenção de prazer, expressão da crÃtica e meio de aprendizado. Na contagem absoluta atualmente lê-se muito mais do que no passado pelo motivo de que, ler tem como pré-requisito a alfabetização e é inequÃvoca a expansão da alfabetização. Na contagem per capita, a leitura não deslancha. Outra mensagem subliminar foi de que era uma moça que lia, mas isso é fato. Os rapazes estão nas porradarias dos jogos de computador.
ha pessoas que nao leem, pessoas que nao escutam, dizem que sabem sobre algo do qual realmente nada sabem. depois, reclamam que foram enganadas, que o mundo esta uma grande.... pessoas meu caro. ps. li vários de seus livros, todos um barato.
o real gabinete tá passando por uma reforma da claraboia, que tava com goteira, bem na cabeça da estátua do camões. com grana dos colaboradores, acho que governo não dá nada pros portuga. a reforma faz ficar menos bonito que na tua foto...
O que esperar de um paÃs onde o presidente se gaba de nunca ter estudado (mesmos tendo tido a oportunidade durante anos como lÃder sindical) e afirma que ler é "chato"? E onde a sua sucessora adultera o currÃculo acadêmico?
Concordo, Ruy. No Brasil, quem lê é majoritariamente mulher, basta ver a lista dos livros mais lidos. Os homens pouco lêem. E ainda existe a coqueluche das redes sociais nos últimos doze anos, que reprime ainda mais a dedicação das pessoas a ler livros.
A tragédia maior da leitura no Brasil está entre profissionais liberais que param de aprender depois que saem das universidades pela falta de leitura. A função básica do ensino a qualquer nÃvel deveria ser a de ensinar as pessoas a aprender por si mesmas. Gastamos apenas doze anos em média na escola, mas a nossa vida produtiva útil dura pelo menos trinta e cinco anos. O que se aprende na escola expira muito antes disso e se a pessoa não se recicla, torna-se obsoleta antes do tempo.
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