Opinião > A ameaça do imposto Voltar
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Salvo engano, o Brasil já tem a carga tributária mais alta do mundo e, assim mesmo, querem aumentá-la com o anúncio de novos. Recentemente foi divulgado por este prestigioso Jornal que existem bilhões de reais sonegados por pessoas fÃsicas e jurÃdicas então, pergunta-se, por que não são executados e seus bens levados à leilão? Não é omissão da Secretaria da Fazenda chefiada por V. Exa., hein Sr. Ministro? Ou será outro farsante que ocupa a Pasta?
Esse é o cara que introduz o bode na sala. Quando fala de reformas (fiscal, trabalhista, previdenciária), sempre coloca a pior opção situação possÃvel na intenção de que qualquer outra proposta que venha dos apoiadores do Governo no Congresso, ainda que dura e prejudicial aos trabalhadores e a sociedade em geral, será encarada como menos ruim. Jogo de cena.
É estarrecedor falar em aumentar a carga tributária. Com exceção dos assalariados que tem o IR retido na fonte, o imposto de importação, que é pago antes do desembaraço aduaneiro e algumas operações em que o imposto é antecipado ao fabricante, pelo regime de substituição tributária, a sonegação fiscal através da fraude e simulação é cavalar. O grau de comprometimento do empresário com o Estado é 0.
Aumentar imposto e tosquiar ovelhas tem tudo a ver: é melhor parar quando chegar na pele. A questão não é tanto os valores cobrados, mas o cipoal do sistema que precisa ser reformado urgentemente, além da falta de critério e transparência dos gastos. O governo precisa usar de criatividade e introduzir medidas para premiar os bons pagadores em vez de puni-los. Em outros paÃses já se discute o imposto discricionário, ou seja, o contribuinte indica como quer que os seus impostos sejam aplicados.
Temer se preocupa com seus próprios interesses em detrimento dos do paÃs. Nisso não está sozinho, visto que a grande maioria dos polÃticos pensa do mesmo jeito. Resta saber quem está disposto a votar por aumento de impostos. É o cominho certo para o suicÃdio polÃtico. Cansa ter de repetir que urge o corte de gastos públicos, a começar pela metade dos funcionários e ministérios. Temer não fará porque se desfaz da moeda de compra de apoio. Deveria olhar no dicionário o que significa estadismo.
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