Hélio Schwartsman > Veto a doping tem bases frágeis Voltar
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Afirmar que a abordagem ‘libertaria’ opta para a autonomia do sujeito revela que tem como base o conceito de liberdade: fazer o que bem entender. Assim confirma a sua orientação individualista e antissocial e não uma orientação democrática.
Aà ganharia as provas aquele aleta que tivesse acesso às drogas mais modernas; nunca existiria igualdade de oportunidades na competição, que dependeria mais do acesso às drogas do que do esforço e treinamento dos atletas.
A questão é mais complexa do que se pensa, pois tem a ver com a liberdade do indivÃduo. Se um vestibulando toma r/emédios para ficar acordado e aprender mais, será que ele deveria ser desqualificado se for aprovado? Nos anos 90 o Faith Popcorn Report era o guru das tendências do que iria acontecer no futuro. Uma das previsões era que no futuro o ser humano seria controlado por d/rogas; d/rogas para se sentir bem, para ter desejo sexual, apetite, tudo. Ainda não chegamos lá, mas estamos perto.
A notar pelos recentes textos do autor, começo a crer que ele está querendo se expor, explorando temas polêmicos de forma rasa pra chamar a atenção. O q tá acontecendo com vc "Helinho"? Supor que a medicina possa ser algo a ser usado ao gosto do cliente, deixando qq aspecto moral de lado por acha bonitinho se achar libertário? Francamente. Despertou no meu conceito. Vai dar palestra pra jovens punks de cabeça oca vai... Quem tem tutano não cai na tua.
Despencou, quis dizer (esse celular danado sempre pregando peças)
Não compro essa. O doping não é um problema prioritariamente moral, ou mesmo médico. É um problema de ética na competição. É um limite entre o que é trapaça e o Q Eh permitido. Em algum ponto, a gente tem Q traçar uma linha. Suplementos não anabolizantes são permitidos. Mas se liberar geral, onde fica o limite? Nas autotransfusoes? No transplante de órgãos? O esporte seria reduzido a uma corrida fármaco-genética?mesmo o automobilismo tem limites claros nos recursos permitidos.
esporte de alto rendimento faz mal prá saúde.
O autor omite um dado preocupante e outro eticamente questionável. Preocupante é que alguns atletas estão literalmente se matando por uma fama fugaz: não há nada provado, mas tudo indica que a americana Florence Griffith-Joyner, que cansou de bater recordes mundiais, morreu precocemente (38 anos) por usar essas substâncias. Devemos aceitar normalmente um suicÃdio informal para deleite dos espectadores e a riqueza da famÃlia dela?
Nesse assunto não concordo muito com o Hélio. Se liberar geral isso aÃ, daqui a pouco vamos ver competições, não mais entre seres humanos, mas entre seres teratológicos, verdadeiros monstros que mal serão reconhecidos como humanos. Competições esportivas devem ser decididas pelo talento e capacidade fÃsica natural dos atletas, e não pela qualidade ou quantidade do doping.
Outra coisa, se aceitamos o uso de drogas para concorrência, esta passa a ser não entre os atletas, mas entre os laboratórios que as produzem e faturam milhões. Enquanto vence quem produz as mais eficientes, os competidores viram suas cobaias, que arriscam suas vidas e não sabem seus efeitos colaterais.
Outro dia vi uma charge engraçada sobre isso: estava lá o time de futebol americano comemorando a vitória e um repórter pergunta ao técnico qual o segredo da vitória; e ele responde: o segredo é que o nosso doping é melhor que o deles.
Há aspectos importantes no texto: várias das substâncias que são proibidas não fazem mal a saúde. Algumas, fazem até bem. Outras, são medicamentos que não-atletas utilizam-se com frequência para combaterem enfermidades comuns, que podem acometer atletas também. É realmente uma discussão complicada. E como disse o autor: e se todos os atletas resolvessem usar a mesma substância(?) Aà não haveria vantagem injusta. Já tomam os suplementos, já há acompanhamento rigoroso de nutricionistas...
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