Não há empresa no mundo que pague os vergonhosos spreads bancários que se paga no Brasil. A crise fiscal foi criada pelo cenário que vocês e a mídia criaram e por uma Presidente arrogante que não sabe nada em termos de economia e de política. Se quiseram crucifica-la foram além da conta, até porque produziram uma crise de grandes proporções. Terão de dividir com ela esse ônus. E não e venha com Lava a Jato. Ela está aí punindo os culpados. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.

Continuando. Valer-se de dados do belo trabalho feito pelo Prof. Carlos Roca, sem entrar na essência do que foi o endividamento das empresas, é o grande problema dos liberais. Por que não colocar o setor financeiro na roda? Estamos num pais em que os spreads bancários são um escândalo. Não vejo nenhum desses analistas falando nisso. As empresas se endividaram por que? Samuel, não é uma questão entre o qye vem primeiro o ovo ou a galinha? É simples, cristalino.

Samuel se vale de uma análise lógica que é uma falácia. Primeiramente, há um fator na economia que ele desconsidera, qual seja, as expectativas econômicas criadas a partir da psicologia. Se todos dizem, com o auxílio massacrante da mídia, todos os dias, que a economia vai para o buraco, ela vai. Por que os investimentos recuaram e, depois, a demanda, esta última de forma acelerada a partir de 2015, foi obra de maus presságios. Explicarei adiante.

Vendendo como nunca e com rentabilidade em queda. O que se fez de errado nas empresas? Desperdício? Não creio que tenha sido só o governo o responsável como se quer fazer crer.

Acho incrível a incapacidade da maioria dos economistas de ver que o principal problema da economia decorreu do câmbio valorizado. A demanda cresceu e a produção não porque parte adicional foi atendida por produtores do exterior. A produtividade do país não cai a curto prazo se o estoque de capital e e de mão de obra não se alteraram de forma substancial. É uma questão aritmética: como cai a produção e o emprego não cai de imediato, aparece uma redução na produtividade. É consequência, não causa

Grande parte do nossos problemas, entre eles a maior depressão desde 1930, se deve a bomba relógio armada em 1988. Usando em torno de 70,000 palavras, a Constituição de 1988 amontoou o maior número de direitos sociais, políticos e econômicos que os constituintes podiam imaginar. Por outro lado nem uma palavra sobre de onde viria os recursos para custear tantas bondades. Enquanto as despesas se tornaram fixas, a receita é variável.

Sem reforma tributária não vamos a lugar nenhum. O atual sistema tem mais de 40 anos.

Que confusão... O crescimento econômico depende de 3 fatores: câmbio com competitividade econômica internacional (R$8,7), juros moderados (5%) e déficit nominal razoável (2%). Estamos completamente fora destas variáveis, não tendo perspectiva de lucro suficiente para empresários nacionais investirem gerando emprego e arrecadação. Estávamos razoáveis em 2013, crescendo 3% com déficit nominal de 2-3%. Aumentaram os juros, caindo arrecadação e aumentando déficit nominal para 10%. Depressão.

A minha percepção é que vivemos a tempestade perfeita por um acúmulo de distorções que ao longo de vários anos foram se acumulando, tributária, previdenciária , BNDES direcionado , corrupção desenfreada , leis trabalhistas confusas , burocracia paralisante , queda do preço dos produtos que exportamos e juros / cambio fora do equilíbrio, esses desiquilíbrios não são recentes mas eram sempre corrigidos com elevação tributária, mas agora temos que corrigir algo.Mas temo que não façamos nada.

Conflito distributivo? A sociedade tem que começar a produzir riqueza antes de pensar em distribui-la. Quando os economistas aprenderão que colocar distribuição antes ou ao mesmo tempo que a geração só traz conflitos?? O que estamos passando hoje é fruto da mão do governo ontem.

O fracasso do Brasil se deve internamente aos políticos cuja prioridade é se manter no poder a qualquer custo, sugando os recursos do erário. Externamente houve uma significativa mudança na produção industrial ao estilo capitalismo de estado que estabelece novas condições competitivas que no capitalismo tradicional não dá para acompanhar apresar de toda a precarização ocorrida. Como isso será resolvido? Precisa de um novo consenso da humanidade buscando o equilíbrio entre os povos e países.