Samuel Pessoa > Mensagem novo-desenvolvimentista acaba sendo ortodoxa Voltar
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Uma intervenção “bem sucedida” no câmbio só pode ocorrer com abertura da economia, especialmente para serviços, projetos de engenharia, bens de capital. Mantidas as absurdas reservas de mercado nessas áreas, o excesso de divisas da exportação de commodities vai sempre levar à apreciação do real. Discordâncias aqui, correm por conta de economistas consultores (ortodoxos e heterodoxos) que têm ou sonham ter, como clientes, as parcelas mais cartoriais do nosso empresariado.
, desde 94 a valorização do câmbio é uma polÃtica oficial. Ela é fruto de achar que não temos que produzir mais nada, podemos importar tudo, é atacado quem defende produzir aqui, de quebra ajuda no combate a inflação. A indústria está em queda irreversÃvel, nossos filhos terão menos emprego de qualidade por isso. Os mais jovens acham que câmbio valorizado é sinal de força econômica, o Japão hein, fraquinho né. Desvalorizar o câmbio hoje traz crise, não é fácil sair desse nó de mais de 20 anos.
Estas perdas de curto prazo não estão corretas porque os benefÃcios são ainda maiores. A desvalorização aumenta a lucratividade das empresas, e assim os investimentos e o emprego. Reduzindo o desemprego o salário médio de todos os trabalhadores sobe. Esta impressão de perda de poder de compra de produtos importados é mais do que compensada pelo aumento salarial e de lucratividade. O crescimento ainda traz aumento de arrecadação, redução de déficit nominal e de desespero social (criminalidade).
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