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Além dos problema de raciocÃnio, por ocultar o contexto do comentário, o autor usa o Marx indevidamente. Marx criticava os opositores à liberdade da imprensa, porque diziam que o resultado na França era que “o povo está submetido a condições sumamente instáveis e a uma ansiosa ignorância com respeito ao futuro." Ai Marx disse, “A liberdade de imprensa causa tão poucas "condições instáveis" quanto o telescópio do astrônomo causa o movimento perpétuo do sistema planetário”
O problema do raciocÃnio do autor fica evidente pela afirmação que “os meios de comunicação exercem algum tipo de influência” e a sua posição mecanicista ou, como diz o autor recentemente, “maniqueÃsta”, que oscila entre dois absolutos de ausência de influência ou influência total em moldar as percepções. Evidentemente sem resposta à questão que ele mesmo levanta, define ‘influênciaÂ’ como transformar as pessoas em fantoches que fazem o que não quer, tese que ninguém nunca defendeu.
O culto articulista mais uma vez, fornece elementos de reflexão muito mais do que só um pacote de informações. Todo governo em decadência acusa a mÃdia de perseguição, mas curiosamente ainda não vi nenhum com a humildade de relatar as generosidades jornalisticas.Agora, por exemplo, estamos assistindo um silêncio sobre as acusações de golpe parlamentar vinda do PT. Com efeito, ou é parlamentar ou é golpe, salvo, se o congresso não tivesse sido eleito pelo povo.Não é o caso.Que Deus nos ilumine.
Importam os fatos, a realidade. Tanto importam que Maduro, na Venezuela, apesar de controlar praticamente toda a mÃdia, não consegue convencer a população que seu governo é bom, tanto que foge do referendo como o diabo da cruz. Ele pode impedir que a mÃdia veicule o desastre que é seu governo, mas todo mundo está vendo, e vivendo, o descalabro econômico, a escassez, a violência, a repressão. Os fatos se sobrepõem aos relatos, mais cedo ou mais tarde, ao contrário do que pensam os pós-modernos.
"governo age de forma irresponsável"; "governo age com descaso"; "governo age com total descuido". Será que tais manchetes teriam o mesmo impacto nos leitores ou telespectadores? Ambos "compram" informação. A mÃdia necessita declarar-se "imparcial" e "isenta" para atribuir veracidade ao que publica ou diz, inclusive no tom. Como informação é intangÃvel em grande parte do tempo, ao menos para quem a consome, a mÃdia pode transformar titica em iguaria e, em menor grau, o contrário.
Mas o poder de grande parte da população de ser influenciado é absoluto. A pessoa que é esclarecida procura a imprensa como o é/brio procura o poste de luz; ele não procura o poste para ser iluminado, mas para suporte. Não importa o que os outros escrevam ou opinem, a conclusão final deve ser do indivÃduo usando sua própria sabedoria, conhecimento e parcimônia. É fácil procurar leituras que corroborem as próprias crenças; difÃcil é enfrentar aquelas que desafiam as nossas crenças.
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