Vinícius Torres Freire > Provável alternativa para governo não estourar teto é 'reonerar' Previdência Voltar
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Cortar despesas com efeitos imediatos? Basta derrubar os escorchantes reajustes salariais do funcionalismo público aprovados recentemente. Definitivamente, eles já ganham (muito) mais do que merecem (à exceção dos professores da rede pública de ensino). Os que ganham mais de 10 mil deveriam ficar 10 anos com os salários congelados, e, a partir daÃ, ter reajustes limitados ao aumento da renda per capita anual. Temos que acabar com a cultura de reajustar salários pela inflação. Gera mais inflação.
Já o superávit da seguridade social (que inclui a receita oriunda das contribuições sociais) seria muito melhor aproveitado se utilizado integralmente para a saúde e assistência social (ou seja, pra quem de fato precisa do apoio estatal), e não pros aposentados e pensionistas de 50 anos de idade... Assim, até a DRU gozaria de maior legitimidade, pois tb precisamos alocar recursos pra investimentos e aumento da capacidade produtiva.
TerÃamos uma sociedade mais justa e próspera se as contribuições previdenciárias, por si só, fossem suficientes para custear os aposentados e pensionistas. Pra isso, só acabando com as dezenas de regalias que beneficiam, em sua maioria, a classe média tradicional (jovens aposentados e que, não satisfeitos, ainda pleiteiam a desaposentação; acumulação de pensão com aposentadoria; aposentadorias no serviço público e pensões integrais, etc.).
Pois é, de onde tirar dinheiro para despesas? Ora, se numa famÃlia que está com problemas de caixa, a primeira regra: corte de supérfluos, mordomias, contenção de gastos de toda espécie, não é. Segunda, procurar outras formas para balancear as despesas. Em Brasilia não se pensa assim, a primeira regra não existe, é intocada!!!
Além da contenção das despesas da máquina pública, há outras importantes medidas a serem tomadas: reavaliar condições e custos de contratos; auditar e renegociar dÃvidas; cortar benefÃcios e isenções de segmentos mais abastados; taxar o capital especulativo, que nada produz e que não gera empregos.
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