Joel, aí vai mais sobre a nata do pensamento capitalista, agora francês: T. Piketty (O capital no séc. XXI, 2013). Ele centra suas ideias nesse livro em torno do que ele chama de "contradição central do capitalismo": ganhos rentistas de capital versus crescimento econômico (que interessa a nós, trabalho), com os primeiro ganhos dando de 7 x 1 no segundo. Se continuar assim, diz ele, o capitalismo vai a breca. Há que se taxar, internacionalmente, o capital. Joel, que tipo de conflito é esse?

Caro Joel. Complementando meu texto anterior sobre luta de classes. Voce já ouviu falar no ex-vice Presidente do Banco Mundial e Prêmio Nobel de Economia, J. Stiglitz? Voce leu artigo que ele publicou numa revista popular (Vanity Fair, maio, 2011) que ajudou a dar impulso ao movimento "Occupy Wall Street" nos EUA em 2011? Voce viu o lugar central que ele deu ao conflito entre os 1% cada vez mais ricos dos EUA (capital) e os 99% restantes (trabalho)? Joel, como se chama esse tipo de conflito?

Caro Joel. Conselho de leitura mínima sobre "esquerda", marxismo e luta de classes. Vou aconselhar minhas leituras de Marx e Engels? Não. Vou aconselhar o topo da inteligência capitalista do Brasil, não em textos difíceis de economia, mas numa imensa coleção de colunas publicadas por longuíssimo tempo em jornais como a Folha: Antônio Delfim Neto. A Folha deve zelar pela qualidade do que escrevem seus colunistas. Nem voce nem a Folha vão dar a mínima bola. Mas, quem sabe alguns leitores darão?

Não há diferença essencial entre ‘velha direita’ e ‘liberal’. Os dois apoiam uma sociedade onde uma classe minoritária usa o trabalho da grande maioria da população para enriquecer e isso os reúnem do outro lado da cerca da esquerda que percebe que há realmente uma luta de classes. Negar ‘essa leitura’ não a torna realidade.

Fui esquerdista na minha juventude. Chega.

PT está colhendo o que plantou. A esquerda brasileira precisa se atualizar. Vive de ladainhas semelhantes aos dos templos religiosos. Ainda reflete e apoia um caudilhismo da cultura herdada da colonização predatória e se comporta de certa forma mais para Freud do que para Marx. Lula, o Perón do século XXI. Nunca a esquerda foi tão arrasada como com esse governo petista. Leitura recomendada: “Socialismo do Século XXI” – Marco Aurélio Garcia, Juarez Guimarães e Valter Pomar.

Freixo decepcionou, se contradisse, aliou se ao PMDB, mostrou que é mais um político que aje de acordo com a oportunidade... Eu voto em Crivella.

Freixo decepcionou, se contradisse, aliou se ao PMDB, mostrou que é mais um político que aje de acordo com a oportunidade... Eu voto em Crivella.

Mas a que serve essa Esquerda? A nossa não serve para solucionar nada! Tem ideais que sequer aplicam, ou se aplicam, o fazem em benefício próprio. Isso não é esquerda! É uma tentativa de se agarrar o poder e usar os desfavorecidos como biombo, como justificativa para tudo o que fazem, inclusive os erros que cometem. Olhem a Venezuela, que a FSP não comentou até agora: maduro pode sofrer impeachment, pois desrespeita a constituição. Isso é um exemplo de como nossa esquerda é: totalitária!

Taí, gostei. Ótimo texto.

Parabéns ao colunista, excelente texto!

O que temos notado é que independente se um governo é de esquerda ou liberal, quem sempre tem lucrado, seja na bonança , seja na crise, são os grandes bancos. Alguém poderia explicar como o HSBC, depois de 20 anos como dono do antigo Bamerindus saiu do Brasil, sem que houvesse uma condenação sequer dos que tinham dinheiro sujo aplicado lá? Tivemos que enfrentar 30 dias de greve dos bancários e onde está a mídia para falar do lucro bilionário dos bancos e o descaso com seus funcionários?

"Com regras claras, eficazes e iguais para todos, um Estado eficiente em atribuições essenciais e liberdade para criar valor a sociedade inteira ganha." – O discurso é lindo, pena que vejo apenas a esquerda batalhando para que todos tenham *oportunidades* iguais (começando pela educação gratuita e de qualidade), pressuposto básico da ideologia liberalista. Nesse sentido tenho a impressão que, na prática, a esquerda é mais liberal que os próprios liberais.