Opinião > Ponto de partida Voltar
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Há muito tempo aprendi que o segredo do sucesso ninguém o sabe em toda extensao. Contudo, o do fracasso é sobejamente conhecido e consiste em a todos agradar. O tema em pauta é por demais complexo e merece mais uma análise técnica que passional. Afinal, paixão é como cavalo em cima de árvore: ninguém sabe como foi parar lá, mas para descer terá que quebrar as pernas. Louvo a ideia pelo simples motivo que ninguém, em sã consciência, dá cartão de crédito a filho sem o devido limite.
O limite de gasto vinculado a inflação é necessário e urgente inclusive para Estados e municÃpios principalmente. No entanto, ela só será justificável se conter a dÃvida pública mas como já estamos vendo aprovações de aumento de salários de servidores públicos que já tem a estabilidade como vantagem frente aos trabalhadores do setor privado fica difÃcil de ver boas intenções na medida. Não sou mineiro mas ando.muito desconfiado.
Um governo biônico, sem apoio popular e com nÃvel de rejeição altÃssimo, deverá gastar muuuuiiito em propaganda para envernizar a tragédia. E é isso que importa a muitos meios de comunicação. Não esperem divulgação desses números. AÃ, já é ingenuidade demais...
Se a PEC é o ponto de partida ou o ponto final, eu não sei. A tese do editorialista sustenta que o gasto desenfreado e maquiado da gestão da presidente Dilma Rousseff é a causa da recessão. Isso é inédito em termos de teoria econômica. Alguém da USP deve ter orientado uma tese de doutorado a respeito. A teoria econômica de Keynes sustenta o oposto. Keynes aceitava déficits fiscais dos governos em momentos de recessão. Essa PEC vai enterrar a economia do Brasil de uma vez por todas.
O editorial é contraditório, pois reconhece que o cobertor ficará curto para cobrir demandas várias de uma sociedade em crescimento. Ignora que o problema das contas públicas é a falta de receitas, e não um suposto gasto desenfreado. Não menciona que outras formas de ajuste poderiam desonerar os pobres taxando os ricos e tirando subsÃdios de empresários. Esse mesmo editorial defendeu o Plano Collor como a única solução para o Brasil. E pensa não como jornalista, mas como empresário.
De tão óbvia a PEC, chega a espantar que alguém seja contra ela; a começar pelas contas domésticas, não se pode gastar, continuadamente, mais do que se ganha. Por isso, parte dos congressistas e, estranhamente, jovens desocupados (poucos, felizmente) são contra ela, certamente por inconfessáveis interesses. Enquanto isso, 12 milhões de desempregados zanzam paÃs afora - e a tendência é aumentar - humilhados e desiludidos.
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