João Pereira Coutinho > Desconfio que a inveja tenha origem no medo humano do esquecimento Voltar
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Invejo, sem pejo, seu talento e sapiência. Que continue, ao longo de muitas décadas, a nos brindar com seus excelentes textos.
Seja a boa inveja ou a má inveja, ambas são a nossa melhor e mais aflitiva indicação do que desejamos.
Uma vez escreveste que escreves em "brasileiro" para cá e em "português" para aÃ, mas, desta vez os "insectos" te traÃram...
A inveja tem duas vertentes. A primeira é o desgosto provocado pela felicidade ou prosperidade alheia e a segunda é um desejo irrefreável de possuir ou gozar o que é de outrem. A perniciosa é a primeira, pois nesta está o desejo não de ter o que outrem tem, mas o desejo que ele não tenha. A segunda, beira a admiração e gera impulso. O sujeito querer ter o que o outro tem ou gozam do que o outro gozam não faz mal. A primeira faz. Não querer que o outrem tenha. Isto é totalmente perigoso.
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