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Estou quase comovido com esse editorial que pede mais "comedimento" para que a "crise polÃtica" não se amplie. Tenho dúvidas se o editorialista realmente acredita nisso. Não há simples "crise polÃtica"; há uma desagregação acelerada das instituições democráticas, iniciada desde o momento em que congressistas, apoiados por empresários, inclusive da imprensa, acharam por bem derrubar uma presidente sem justificativa sólida. Agora, aberta a caixa de ferramentas, tem golpe e casuÃsmo toda semana.
Sr. Editor, com respeito qual o adjetivo correto para quem comete crime? Então a crise começou com a recusa do criminoso Renan Calheiros, apoiado pela Mesa Diretora, "em descumprir ordem judicial" e, depois, debochou "que ordem judicial cumpre-se", divulgado por este prestigioso Jornal. A Lei da Ficha Limpa não serve de parâmetro "porque houve adesão de parlamentares" E NÃO a descaracterização e desqualificação do objeto no Projeto Anti-Corrupção pretendida pelos envolvidos "em causa própria".
Na raiz de tudo esta o Congresso, legislando vergonhosamente em causa propria e contra o desejo popular anticorrupção. Tal qual crianças birrentas que acham poder tudo e tem suas orelhas puxadas. Ninguem é a favor de puxar orelhas, salvo se a criança for birrenta.
O que vale para Juiz de futebol também vale para Juiz do STF: quanto mais discreto melhor.
Discordo. Em momentos complexos é necessário usar o bom senso. Individualmente estes ministros têm tido mais bom senso do que as decisões coletivas. Marco impediu que Renan passasse as leis anti-corrupção distorcidas e agora o Fux fez o mesmo. Legislativo está legislando em interesse próprio. Cabe ao STF impedir estas práticas. Fugir destes conflitos seria covardia e nos colocaria em situação muito mais complicada. Imagine se as distorcidas leis já estivessem nas mãos do MT para aprovação...
Excelente editorial. No atual cenário de intensos debates polÃticos, hoje em dia qualquer ponderação que se faça, é rapidamente confundido com algum tipo de apoio a corrupta classe de polÃticos do paÃs. É óbvio que a questão aqui é a discussão do equilÃbrio e independência entre poderes. A teoria do Estado, bem como nossa Carta magna, é bastante clara quanto a isso, e o excesso de voluntarismo do Supremo, realmente só serve (no momento) para o agravamento das tensões.
Este Congresso, presidido por Renan e Maia, e capitaneado por um conjunto de parlamentares envolvidos em escândalos e corrupção, e, ainda, que formam a maioria nas casas, não há como dar credibilidade. Nesta situação, em que o nós, povo, nos vemos desprotegidos e agredidos, como e a quem podemos recorrer?
As declarações do editorial são fundamentadas, mas como sair da situação em que o legislativo está legislando por estar ele próprio envolvido em questões legais? Como resolver esse claro conflito de interesses? O problema está escancarado. Nada se pode fazer a respeito? Somos obrigados a ver e pagar pelo jogo, assim, sem mecanismos legais para se preservar democraticamente a integridade da República? Lembra a situação de quem deixou o amigo afogar-se porque a placa dizia "proibido nadar".
Pois é, mas pergunto. Quem determina o momento correto da "intervenção", e em que medida ela deve ser tomada? Quem outorgou tal "poder" a esta pessoa? Como saber que esta intervenção está de acordo com o que a população realmente acha correto? Então temos um problema de legitimidade. Este Congresso que está aà (e eu concordo que legisla em interesse próprio) tem a legitimidade das urnas. Felizmente temos eleições periódicas, com voto universal, é é nesse momento que devemos "intervir".
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