Sérgio Rodrigues > 'Ser brasileiro é sobre imitar o inglês': modismo expõe autoestima frágil Voltar

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  1. José Cardoso

    Algumas vezes a palavra em português já existe como adolescente para "teen". Mas coisas como "happy hour" por exemplo; os jornais poderiam ajudar grafando na nossa fonética "repiauer". Assim como back do team virou beque do time. Ou nome de países estrangeiros como Bahrein, que na língua original é escrito em outro alfabeto. Porque não simplesmente Barém como se faz em Portugal?

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  2. Marcelo Costa

    Interessante citar Monteiro Lobato. Em sua tradução do "Minha Vida Minha Obra" de Henry Ford, que Lobato traduziria mais tarde, Silveira Bueno reclama em uma nota de rodapé por não haver palavra em português, à epoca, para "standardization": "A língua portuguesa é de uma pobreza espartana", registrou.

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  3. Ivan Zacharauskas

    E não esquecer do "chiquérrimo" apóstrofe S, o famoso " 'S " nos nomes de lugares. Vai dos mais simples "Boteco'S" aos mais nobres... Precisava mesmo fazer uns "workshops" para acontecerem uns "brainstorms" e descobrir como inserir isso "topdown" nos ditos espertofones... Hahaha...

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  4. Rodrigo Correia do Amaral

    Outro "anglofilismo jeca" é o surto recente no emprego do substantivo "gratidão" pela galerinha descolada, uma importação tosca de "gratitude". Evocada para se contrapor ao usual "obrigado", que denotaria sujeição forçosa e outras piras, a falta de reflexão no uso dessa palavra faz com que o interlocutor se comunique como um ET ("Gratidão, viu?"; "Gratidão, fulano"), negligenciando tanto as conjugações de "agradecer" como o uso elegante e direto de "grato" (adj. Que expressa ou sente gratidão).

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  5. Hercilio Silva

    Existem termos cuja tradução não faz sentido, mas mundo corporativo e da tecnologia, abusam do uso de alguns termos muitas vezes por não ter nada a dizer. Assim parece sabedoria mas não se diz nada, é o famoso enrolation.

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  6. Cloves Oliveira

    Nosso idioma é como um Smart phone, porque usamos apenas uma pequena fração do que ele oferece. De acordo com o dicionário do Aurélio, na sua quinta edição, nosso idioma contém 143 387 palavras. O dicionário de Inglês Oxford contém 171 476 palavras. O curioso é que a maioria dos textos em Inglês usa em torno de 3 000 palavras, ou seja, 1,75% do disponível. Em Português o número deve ser ainda menor, pois excedemos no uso de estrangeirismos, a maioria de origem francesa e inglesa.

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