Marcos Lisboa > Os dois Brasis Voltar
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Marcos Lisboa esqueceu em sua analise de considerar os montantes de transferencias constitucionais enviados e recebidos pelos Estados. Assim paradoxalmente batiza aqueles que "nao vao a Brasilia resolver seus problemas" justamente os Estados que dependem suas receitas em boa parte de transferencias da Uniao, e critica os Estados de onde a Uniao retira os recursos para transferir para os supostos virtuosos. Existem dois Brasis os que contribuem para o pacto federativo e os se beneficiam dele.
Não é a primeira vez que leio esse tipo de matéria. Via de regra, as mudanças saudáveis que vemos em alguns Estados só duram até mudar o grupo no poder.
Não adianta fazer ajuste fiscal, reformas previdenciária, fiscal ou trabalhista. Tem que mudar é o Código Penal e a mentalidade do brasileiro. De nada adiantarão essas reformas se continuarem o roubo e a ineficiência. Ou alguém duvida que não desperdiçarão a "economia de recursos públicos" obtida com as reformas? Os gestores serão os mesmos!!! Seremos um novo Brasil velho!!!
O Marcos sempre dá uma aula que serve para os economistas, os leigos e os cientistas polÃticos, a questão é, no Brasil, ninguém quer aprender, todo mundo acha que sabe tudo, sobretudo os polÃticos, mas, estou com Marcos, há esperança, as coisas estão melhorando, apesar das crÃticas maldosas de quem quer o pior.
Elevaram o juro para 14,25%, o déficit nominal subiu para 10% e o PIB caiu 3,8%. Não havia necessidade de subir o juro, subiram, começaram contracionismo de base monetária e o Brasil perdeu R$3T. Esta distorção econômica, como se o juro não fizesse parte da responsabilidade fiscal, só mal uso do liberalismo de Friedman
Analise o assunto com profundidade. Em 2013 o juro era de 7,25%, o déficit nominal de 3% e o crescimento foi de 3%. Vôo de galinha mas com responsabilidade fiscal.
O principal aspecto do Brasil Novo que o articulista nunca menciona é o de abandonar o uso de juro de maneira irresponsável. Responsabilidade fiscal é muito importante na conta de déficit nominal, não só primário. Fingir que juro não existe, que não foi o uso dele de maneira exagerada que nos colocou nesta depressão é fugir da Verdade, é o Brasil Velho do vôo de galinha e agora do mergulho do avestruz: R$3 trilhões de perdas desde 2014 assim como a baderna social e fiscal nos estados.
Oh Eduardo, o juro existe porque foi feita a dÃvida e a regra é simples: deve capital, deve juros. Além disso, o juro é utilizado como polÃtica monetária de controle da inflação. A economia é assim, não faça besteira que ela cobra a fatura.
Depois do fim do autoritarismo (1985), da hiperinflação (1994) e da dependência externa-FMI (2004-2008), os próximos 10 anos podem ser o fim do desequilÃbrio fiscal crônico. Mas não vai ser fácil.
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