Opinião > Reforma questionada Voltar
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Como foi afirmado que “o cortador de cana” já se aposenta aos 65 anos, gostaria de lembrar que atualmente o trabalhador rural se aposenta com 60 anos, sem contribuição. Pela reforma, passará a 65 anos e 25 anos de contribuição. Inviável para os mais pobres e desinformados. O trabalhador urbano pobre se aposenta em geral aos 65 anos, mas com apenas 15 de contribuição. Pela reforma, passará a 25, inviável para os mais pobres e com menor qualificação, que trabalham longo tempo na informalidade.
Qual o verdadeiro interesse da Folha e do grande capital nessa reforma? Onde estão todos os dados que justifiquem essa tal reforma. O verdadeiro dono da previdência é a população brasileira e a essa não se dá nenhuma informação sobre os cálculos. Estão a nos enganar.
Já que irão mexer na CF, deveriam separar as Previdências e ficar apenas privado urbano com privado urbano, rurais com rurais, setor público com setor público e militares com militares e cada uma que arranje sua forma de ser superavitária. Separando ficará bastante explÃcito onde está a causa do déficit e onde é preciso mexer. O setor privado urbano sempre foi e é superavitário e obrigado a sustentar os demais. Enquanto estiverem todos no mesmo balaio a situação permanecerá a mesma.
Algumas sugestões: a DRU não retirar recursos da Previdência; cobrança efetiva dos grandes sonegadores; extinguir as isenções previdenciárias; acabar com as desonerações; acabar com os penduricalhos que quintuplicam salários; vender todos os prédios do INSS sem uso; vender todos os apartamentos funcionais; acabar com todos os privilégios e benesses e não utilizar os recursos exclusivos para custeio da Seguridade para outros fins. Aprovar o Projeto das 10 Medidas contra a Corrupção.
Mesmo respeitando opiniões diferentes, penso que a exposição foi clara e precisa. Não terÃamos mais tempo para recuperar o paÃs, pois foi a irresponsável atitude dos polÃticos ao não enfrentar ESTE problema plenamente previsÃvel a muito tempo! Agora e já. Chega de protelar e discutir. É hora de ação!
Essa estratégia, de conduzir com urgência uma discussão tão relevante, está colocando a faca na garganta dos congressistas. Mas a faca não tem sido posta apenas pelo Governo, tem também vindo da falta de discussão serena por parte de diversos segmentos da sociedade. Caso o Congresso aprove essa PEC sem uma discussão profunda, poderemos aplicar doses desnecessárias que transformem o remédio em veneno.
Prosseguindo, será necessário saber qual é o deficit de cada um dos segmentos: servidores públicos civis, militares, trabalhadores rurais e urbanos. Esse tema é prioritário para equacionar problemas futuros. Entretanto, o Governo o trata com urgência e não prioridade. Atrelando simplesmente a reforma aa necessidade de demonstrar aos investidores externos que o pais honrará seus compromissos, demonstrando com isso que a PEC dos Gastos será eficiente.
O editorialista deveria perguntar se, em que pese o descrédito do parlamento, haveria uma proposta que o executivo pudesse ter feito que não fosse tão lesiva aos trabalhadores e "contribuintes" da previdência urbana. O Governo atrelou a PEC dos Gastos aa reforma da previdência. Uma não funciona sem a outra. Entretanto esse vinculo é o próprio algoz das dificuldades do governo.Reformar a previdência social exige longas discussões, debates sobre números que não possam deixar dúvidas.
Vamos lá: é imprescindÃvel que se faça a bendita reforma da Previdência. Mas e o teto salarial do Legislativo, Judiciário, Ministério Publico e Militares. Entendi. O primeiro faz as leis, o segundo julga, o terceiro denuncia e o quarto tem baionetas. Perfeito. Reforma só para os servidores mequetrefes. PaÃs de apoucados e acovardados e sicários. Ah, o Executivo de São Paulo tem teto de 21 mil, pouco mais ou menos, que não se aplica ao Judiciário e ao MP. Viram que beleza?
Senhor Ricardo, não se aborreça, este pasquim está tomado por verbas públicas. Logo, nem o senhor nem eu e ninguém se manifesta aqui, senão no sentido dos interesses da empresa.
FHC e Lula fizeram superávits primários, sem a emenda do teto de gastos. Essa emenda desnecessária foi um engodo, para criar uma camisa de força para detonar gastos socias e o sistema previdenciário público. Os grandes beneficiários serão as operadoras de sistemas de previdência privada, que aumentarão suas vendas à classe média. Os pobres morrerão à mingua, pois não poderão contribuir pelo tempo exigido ou até a idade mÃnima. Alguém imagina um cortador de cana em atividade aos 64 anos?
Os trabalhadores rurais hoje, não só podem se aposentar com 60 anos, como também não tem tempo mÃnimo de contribuição. Com a reforma, precisarão de 65 anos e 25 de contribuição, inviável para os mais pobres e desinformados. Os trabalhadores urbanos mais pobres hoje se aposentam em geral aos 65 anos, mas precisam de apenas 15 de contribuição. Com a reforma, serão 25 anos de contribuição, inviável para os mais pobres e com menos formação, que trabalham muitos anos na informalidade.
Daniel, pela legislação atual os trabalhadores rurais podem se aposentar ao 60, e de fato isso ocorre para aqueles que conhecem seus direitos. É portanto errada a afirmação de que "o cortador de cana já se aposenta aos 65 anos". Aposentadoria aos 54 anos tem a redução pelo fator previdenciário, tornando-a atuarialmente neutra em relação à integral aos 60 anos, ambas custam o mesmo ao INSS. Eu não me aposentei, mesmo com mais 54, mas muitos o fazem, por não encontrarem emprego acima dessa idade.
O "cortador de cana" já se aposenta aos 65 anos... Mas vc, eu e o temer nos aposentamos aos 54... A previdência como está é transferência do pobre para o rico... Por isso tem q ser reformada...
O sistema em curso é ditatorial e não oferece nenhuma opção ao trabalhador. A aposentadoria pelo INSS não deveria ser compulsória, mas opcional. Por que a maioria tem que pagar pela falta de planejamento de alguns? Por outro lado, a administração da Previdência é uma missão que extrapola a competência do Governo. Deveria ser privatizada e administrada por um grupo privado, fora do alcance dos interesses polÃticos e partidários. A questão é o modelo de gestão e não a viabilidade do sistema.
A Folha censura comentários, não me permite publicar informações de especialistas em previdência, com informações que contestam a urgência da atual reforma. Mesmo sem nenhuma palavra polêmica ou ofensiva, não consigo publicar os dados. Mensagem similar foi anteriormente aceita, em outra matéria, e depois apagada.
Acabaram de censurar um dos meus comentários. Será que voltamos no tempo e estamos na Ditadura e não percebemos? Com tantos retrocessos sendo projetados, é bem provável que sim.
As reportagens da folha tem demonstrado sua posição clara a favor dessa reforma absurda. Ignora todo ou qualquer informação que contrarie a posição do governo. A reforma deve ocorrer, mas não nos patamares nem na urgência alardeada.
Especialistas em previdência do Ipea, que hoje defendem a urgência das reformas, propuseram em livro e artigo " Aumento progressivo da idade mÃnima...até 64 anos em 2026...".- "Redução do diferencial entre homens e mulheres...até 2 anos em 2025...".- "Aumento do perÃodo contributivo...até 25 anos em 2031".- "Fim do regime...dos benefÃcios rurais...até 2022"; "Definir como princÃpio que as alterações...incidam suavemente...em prazo de duas décadas" e “...carência...de três anos”. Urgência?
Editoria sem noçao. Aceitar uma reforma que o trabalhador tenha que contribuir 49 anos e surreal. hj, apens 2% completam essa regra (fonte inss), ou seja, teremos apenas 2% de pessoas aposentando com dignidade.
A Folha e o governo também omitem que, com a retomada do crescimento, voltam os empregos e o nÃvel das contribuições aumenta, reduzindo o “déficit” do INSS. No fim, o importante é que o aumento da arrecadação previdenciária seja superior ou em equilibrio com o crescimento das despesas. Ocorria antes da crise, o que se comprova pelo INSS urbano ter sido superavitário entre 2008 e 2014. O descontrole da Previdência é uma falácia, só ocorreu pela crise, da qual Temer é sócio fundador.
A estimativa oficial prevê crescimento baixo e desconhece o estrago feito pela queda do PIB produzida por Dilma e Temer. O Secretário Caetano afirmou, em artigo, que os gastos do RGPS aumentaram continuamente entre 1995 e 2014, em proporção ao PIB. Os dados de seu artigo mostram claramente que o crescimento ocorreu até 2005, depois estabilizou-se, com pequenas oscilações. O aumento, após 2014, ocorre pela queda do PIB. É fácil fabricar conclusões manipulando dados.
Excelente editorial, espero que esses deputados, ignorantes ou irresponsáveis, o leiam.
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