Cabe lembrar que a tal predação oligárquica das rendas nacionais, pelas empreiteiras, não se assentou apenas no financiamento dos políticos, mas também na absurda reserva de mercado que impede empresas de engenharia estrangeiras de participar de obras no país. Seria uma boa hora pra tratar disso, não fosse pela omissão da nossa mídia.

Por que é tão difícil as pessoas entenderem que as empreiteiras não são o Estado por outros meios mas que, junto aos demais grupos econômicos, são o verdadeiro poder que arrendou o Estado para benefício próprio. Os políticos são meros prestadores de serviços. Oficialmente, não vai ter dinheiro de empresa em campanha, mas quando tiver votação, digamos, de medida provisória de interesse das empresas... A corrupção agora será no varejo.

Acabei de ler um livro do Jairo Nicolau (Representantes de quem?) onde as propostas são mais modestas: acabar com as coligações partidárias é o ponto mais importante, com o objetivo de diminuir a fragmentação partidária. Pensar que uma mudança radical de nosso sistema eleitoral vai melhorar muito a qualidade dos nossos representantes é uma ilusão. O sistema distrital é usado em países desenvolvidos como EUA e Inglaterra. Mas nosso sistema proporcional é usado em outros como Israel e Japão.

A política, como o Brasil só vão mudar quando mudarmos nossa cultura. Como a maioria do povo brasileiro comitê seus deslizes, tais como fazer "gato de água, de luz, passar o sinal vermelho, furar a fila, andar em velocidade superior a permitida, entre outros, achando que isso é normal, não vai mudar, porque quando estamos na Seara pública fazemos gato dá Petrobras e outras empresas e estatais, razão pela qual, só mudando a cultura. Eles, os políticos são o nosso retrato.