Hélio Schwartsman > A reinvenção do trabalho Voltar
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Querem voltar a como era antes de 1930, quando os trabalhadores não eram cidadãos nem sujeitos de direitos, eram apenas um fator produtivo, manejado pelos empresários como melhor lhes convinha.
Dizer que a terceirização é uma extensão do processo histórico de especialização não procede. Fica absolutamente claro que o grau de especialização não depende de terceirizar a função laboral. É apenas uma maneira de baratear o custo de mão de obra visando aumentar o lucro. O autor tenta (mais uma vez) apresentar um processo dentro do capitalismo como natural, portanto inevitável quando é fruto de uma escolha social retrógrada que deve ser resistido.
Tornar uma empresa sem qualquer tipo de identidade, através da terceirização da atividade fim parece coisa bastante diferente de terceirizar etapas de uma produção. As empresas acabarão por se tornar um simples capitalista por trás do dinheiro com a opção de não ter aborrecimentos com a estrutura laboral, que poderá ser repassada muitas vezes para empresas sem patrimônio suficiente sequer para arcar com os débitos gerados. Bem o que ocorre nas terceirizacoes hoje.
O homem passou e passa por diversas fases que não significam exatamente evolução. É natural ao empirismo, mas são práticas que são abandonadas, quando as melhores perspectivas aparecem. Assim foi com as guerras e será também com a produção em altÃssima escala pelas megaempresas. É esperar para ver.
Texto excelente com as caracterÃsticas que sempre acompanham este escriba que são a sensatez e a inteligência. Parabenz Hélio.
Antes desta terceirização os cargos disponÃveis nas estatais para que os polÃticos indicassem pessoas de sua "confiança" eram poucos, limitavam-se a cargos de diretoria. Agora não, todos os cargos de todas as estatais estão a disposição dos nossos queridos eleitos... Parabéns aos que acreditaram que estávamos dando um passo à frente em direção a uma modernidade!
Isso é bonito no discurso, mas na prática trabalha-se mais, paga-se menos e sem benefÃcio nenhum. Em paÃses mais desenvolvidos, com renda bem mais alta que a nossa, o prejuÃzo é menor. Aqui vai se aumentar a pobreza, diminuir o consumo e a arrecadação (quem não compra, não recolhe FGTS, não recolhe imposto, etc.) e, consequentemente, a economia continuará patinando.
Para um gerente de fábrica é mais cômodo ter empregados terceirizados. Em vez de ter que lidar diretamente com problemas pessoais, só precisa contatar a firma terceirizada, e eventualmente substituÃ-la por outra. Mas essa vantagem tem um custo que é repassado à firma contratante. Não vejo como as mesmas atividades possam ter menor custo simplesmente pelos empregados terem outro logo no macacão.
A contratação de alguém para um serviço especÃfico e temporário não caracteriza terceirização pelo que entendo. Mas por exemplo o refeitório de uma fábrica. Os cozinheiros e atendentes trabalham lá todos os dias. Se forem funcionários da empresa o serviço terá um custo "x". Se a firma for terceirizada, não vejo porque ele seria menor, se o processo não muda. Mas é claro que o gerente de serviços gerais teria muito trabalho para gerir esse pessoal, contratar, demitir, treinar cada um deles.
Caro J Claudio. A terceirização não é a leviandade que lhe querem atribuir. Exemplo: nossa casa. Pq chamamos tecnicos para reparo de TV, Maq l Roupa, Micro, etc?Pq ou não sabemos fazer ou alguem faz melhor e mais barato o que iriamos fazer! A prestadora tem que ser competente. Não se trata de apenas trocar de logo.
Estão fazendo de tudo para dar uma cara boa e legalzinha a terceirização. Cuidado que em um futuro próximo o feitiço pode se virar contra o feiticeiro!
E mais outros milhões envolvidos na comercialização desses produtos (vendas). Vender para quem? Bem, para todos eles. E como pagam o produto? Com o dinheiro recebido por seu envolvimento no processo todo. E quem paga? O patrão. E como? Conforme o acordado entre eles. O problema todo está aqui: o descumprimento do acordado entre as partes. A desonestidade de ambos os lados. E isso nada tem a ver com a produção em si. É um problema da humanidade do homem. Não tem solução.
Sair do ponto A e chegar no ponto B. Comer, se informar e estar bem. Ter uma habitação. Compreender o mundo. A ciência e a técnica facilitaram no século XX o deslocamento humano e de mercadorias (carros, trens, aviões e navios), a alimentação (fábricas de alimentos), a informação, a diversão e a comunicação (jornais, revistas, rádio, TV, internet), a saúde (remédios, hospitais, técnicas de diagnóstico, etc.), a habitação (indústria da construção) e escolas. É isso. São milhões envolvidos nisso.
"estÃmulo à informalidade" - Que eufemismo conveniente para descumprir a lei. Parece com "estÃmulo ao estupro" para as meninas que usam mini-saia. É o famoso culpar a vÃtima...
A CLT atual foi criada pelo governo getulista e baseada no conceito f/ascista do Mussolini, de quem GV era admirador. Como se sabe, a principal caracterÃstica dos f/ascismo é o nacionalismo exacerbado e a aversão contra o capitalismo. A ideia do GV era o de um Brasil isolado do mundo e da concorrência internacional. A CLT reflete essa preocupação ao defender o trabalhador do capital de maneira exagerada, só que em vez disso prejudicou, pois evitou a expansão do nosso parque industrial.
Vá enfiar isso na cabeça dos esquerdofrênicos, que não aceitam mudar nada. São os progressistas que querem conservar tudo como está, mesmo que não tenha mais sentido e funcionalidade.
A teoria da exploração do trabalho se esquece uma coisa: o trabalho e o mercado se confundem. Extorquir o trabalho é comprometer o mercado. Foi Ford que lembrou isso quando afirmou que seus trabalhadores eram seu mercado. Se as empresas querem vender cada vez mais, tem que agregar forçosamente mais gente ao mercado consumidor. Mais trabalho com mais renda mais consumo.Uma equação que não deve ser equecida.
O poder de uns não faz a ordem para os demais. Rosseau: a força não consagra direitos. Creio nisso, e acho a regulamentação pela força do estado um atentado. Sou pela liberdade. Essa historia de terceirização me lembra Ned Ludd, no movimento chamado Ludismo, que quebrava máquinas no inicio da Rev. Industrial. Nunca o mundo foi para traz quando a produtividade aumentou. Se o governo não se apropriar dos seus ganhos, os preços baixam e o consumo explode. Não miséria,violência, tribunais, etc.
É verdade. Estamos no século XXI. O trabalhador tem se acostumar a negociar com o empregador sem o jugo do sindicalismo obsoleto e que o abandonou por interesses polÃticos e formar “boquinhas”. O único direito é o de trabalhar com dignidade. “Com isso, (era da tecnologia) as empresas passam a produzir em “redes” ou “cadeias de produção”. São verdadeiras constelações de empresas e pessoas que se relacionam nas mais variadas formas de trabalhar”. Prof. José Pastore.
Dados internacionais mostram que reduzida direitos trabalhistas ou facilitar demissões causa exatamente o que pretende. Precarizar o mercado de trabalho e aumentar o desemorego. O resto é falácia de quem defende mais para o capital e menos para o trabalho. Isso está em execução.
O objetivo central do Manifesto Comunista de 1 8 4 8, escrito por Marx e Engels, não é outro senão o fim da relação entre patrões e empregados, pela transformação de todos os empregados em patrões de si mesmos. Quando o Capitalismo transformou o artesão sapateiro independente, organizado em corporações de ofÃcio, em empregado da fábrica de calçados, o tecelão em empregado da fábrica de tecidos, criou, com a chancela do Estado as condições de exploração. Vender seu serviço com liberdade é isso.
Esqueceram-se, Marx, Engels e você, de considerar as individualidades. A Teoria Marxista desconsiderou o fato de que inexiste padrão à s caracterÃsticas das pessoas. Aptidões, capacitacões e desejos definem os rumos profissionais dos indivÃduos, sob influência de oportunidades e polÃticas públicas. Jamais haverá somente empreendedores, empregadores e empregados. A ideia de que ninguém deva ser empregado sugere que todos estejam aptos à s atividades autônomas ou cooperativas. Isso não existe.
Contratos servem para isso, garantir ao máximo o direito de ambas as partes. Se cada um negociar seu contrato de prestação de serviços de forma isolada, perde a parte mais fraca. Tenho a experiência de formação de grupos de estudantes e agricultores que de forma coletiva impuseram suas necessidades à outra parte, Universidade ou Indústria processadora, como em Teoria dos Jogos, um jogo de ganha-ganha. Sem esse cuidado, tem-se um jogo de perde-ganha, ou até mesmo de perde-perde
Há pouco mais de vinte anos, o fax substituÃa o telex, não haviam telefones celulares muito menos smartphones. Praticamente não havia Internet e computadores ainda eram raros e objeto de aversão. Não havia sites de bancos e contas on line. Não havia G P S. Não havia o Uber. Ainda se datilografava. Como será o mundo daqui a vinte anos? Muitas profissões desaparecerão. Novas surgirão. Refletir sobre as mudanças de forma a torná-las menos traumáticas é necessidade ignorada pelas instituições.
Experimente renunciar aos avanços tecnológicos.
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