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Por uma questão de decência, só deveriamos avançar sobre os direitos dos mais fracos se fosse nossa única e última opção. E não por que é a mais fácil. Sinto vergonha de ser brasileiro.
O ex-presidente Truman queria um economista maneta, havia cansado de ouvir “On the other hand...”. Este jornal tem seu contador perneta, faz balanço com gastos, mas sem receitas. O INSS urbano teve superavit até 2015. Até a crise as contribuições previdenciárias cobriam 86% dos gastos urbano e rural (2014). A crise desequilibrou o INSS, ao eliminar empregos e arrecadação. Temer culpa o sistema, pois é sócio da crise. PS: A receita previdenciária é exclusiva, educação e saúde não podem usa-la.
Os governos FHC e Lula fizeram superávit sem a emenda do teto, que era desnecessária. A emenda foi um embuste para inviabilizar a Previdência pública. Os gastos da Previdência aumentam com o tempo, inevitável. O aumento deve ser compensado pelo crescimento do PIB e das arrecadações, como ocorria entre 2005 e 2013. Qual o sentido em só permitir reajuste dos gastos da previdência pela inflação, ou seja, não permitir aumento de gastos? Fará muito bem a quem vende previdência privada...
Com a volta do crescimento a 3% aa, as despesas do INSS/PIB tendem a se estabilizar. Se houver uma recuperação maior, pelos investimentos e consumo represados durante a crise, as despesas em relação ao PIB poderão até cair próximo ao nÃvel pré-crise. No momento, entretanto, o pânico causado pela reforma já fez aumentar em 35% os pedidos de aposentadoria (notÃcia deste jornal), pessoas que as estão adiantando, com prejuÃzo pessoal (fator previdenciário maior) e ao INSS.
Os técnicos do governo manipulam as projeções à sua conveniência. O governo sabe que as despesas do INSS atingiram 8,1% por causa da queda do PIB, não pela aceleração do aumento dos gastos. O que ocorreu é que o PIB caiu 7% e não cresceu 17%, no triênio 2014-16. O PIB deveria ser 25% maior. Como a base (o PIB) caiu, os gastos parecem maiores. Dizer que os gastos do INSS cresceram aceleradamente, é como dizer que cresceram as roupas de um homem que emagreceu.
Entre 2005 e 2013 as despesas do INSS oscilaram em torno de 6,7% do PIB, sem viés de alta. No triênio 2014-2016, com a crise, a arrecadação do INSS caiu 8%, em vez de subir 19%, como no triênio anterior. A arrecadação deveria ser 28% maior hoje. As despesas reais no triênio cresceram apenas 12%. O déficit deveria ser de R$ 50 bi, ou 10% da despesa. Foi de R$ 150 bi. O déficit vem da crise, não do crescimento acelerado das despesas.
A contabilidade perneta do editorial só considera gastos, mas não receitas. O INSS urbano teve superavit até 2015. Mesmo com o INSS rural, até a crise a receita previdenciária cobria 86% dos gastos (2014). Essa receita é exclusiva, não compete com educação e saúde. O INSS representava 22% dos gastos em 2014, logo apenas 3% do gasto público não foram cobertos pela arrecadação previdenciária. Só 25% do gasto em saúde e educação. Mas os 3% foram cobertos por cofins e csll, exclusivas da Seguridade.
Por que Exercito, policiais e Parlamentares excluÃdos quando é sabido que percebem acima do teto da previdência atual? Ceramente por covardia de Temer ao lançar a proposta exluindo o Exercito e, também, covardia doa Câmara depois das manifestações violentas dos Policiais, ou estou enganado? E os parlamentares, são intocáveis senhores espertalhões?
Caros Editores "fsp", é incrÃvel a capacidade de "dissimular e induzir" com sugestões levianas. Este "tÃtulo tema", deveria ser direcionado aos donos de jornal e tv e seus "colegas" banqueiros, empresários (corruptores) liderados pelo "skaf da fiesp" e um bando de corruptos deputados e senadores, liderados por "jucá", e membros do "carf", o exemplo do "tÃtulo seria: "devedores da "previdência" paguem suas dividas e preservem a saúde, a educação,e demais programas sociais do povo brasileiro!
Vejam bem no meu entender a situação fiscal do governo federal é periclitante.O deficite público gigantesco, assim os ajustes das despesas são necessárias,entre estás a Previdenciária.
Pelo que entendi da PEC do teto, caso este seja ultrapassado (o que vai ocorrer, na configuração frouxa atual da reforma da previdência), os salários dos servidores da ativa ficarão congelados. É preciso que a legislação impeça greves no setor público, que tendem a aumentar nesse cenário.
Receita para um empresário ou financista aprovar reformas injustas e manter seus privilégios. 1. Atropele as instituições e, com o apoio da mÃdia, coloque um fantoche corrupto e sem voto na presidência. 2. Faça o Congresso apresentar as tais reformas. 3. Mande a mÃdia-capacho divulgar que elas são a salvação do paÃs (não se esqueça daquele jornal que faz tipo de ser moderno e imparcial). 4. Aprove as reformas. Pronto. O ciclo de reprodução dos privilégios e da desigualdades está garantido.
Uma última observação sobre o tÃtulo desse editorial vendido: parece que qualquer medida para evitar que um trabalhador rural morra de fome virou generosidade. Essa é a ideia que a Folha defende hoje: pobre não é cidadão e tem mais é que se esfolar. É coisa de gente vil.
Atenção! Pode ocorrer de o paÃs afundar numa crise polÃtica e social profunda. Se isto ocorrer, agarre-se no primeiro fascista que se apresentar como salvador da pátria. Aquele jornal dito moderno já apoio golpes e não titubeará em dizer com jeitinho que a adoção de medidas fascistas é a única solução para o paÃs.
Mentira. Não trará perdas para o paÃs, pois outras soluções são possÃveis. Elas existem e são divulgadas, mas este jornal as biocotam e prefere divulgar o terror. A Folha, com esse papo de patrão, virou um jornaleco sensacionalista que distorce propositadamente as informações. Não há nenhuma imparcialidade. Vocês querem abocanhar os leitores de direita que se expandiram recentemente. Mas as coisas mudam e lá na frente não vai restar muita coisa deste que já foi um jornal decente.
A visão catastrofista com a qual muitos enxergam a Previdência leva em conta o famoso ceteris paribus, ou seja, se tudo permanecer igual. Tenho confiança que bem administrado, o Brasil pode crescer facilmente acima de cinco por cento ao ano. A causa do aperto das contas públicas se deve mais ao fraco crescimento da economia do que os buracos da Previdência. As reformas são necessárias, mas o mais importante é concentrar esforços para deixar a economia deslanchar, aumentando assim a arrecadação.
O estelionato da divida publica é que deve acabar. O editorial ao invés de critica-la usa como argumento. Diga-me, como alguém que tem déficit vai ao mercado e vende tÃtulos com juros? Como ira receber? Golpe! Outras fontes de receita são os os financiamentos agrÃcola, imóveis e Bndes. Mesmo educação e saude podem ser discutidas, princi/e os gasto com universidades.
Leio a Folha desde adolescente e admiro a sua pluralidade polÃtica. Entretanto seus editoriais são muito conservadores e nesse momento me fio em fontes mais à esquerda.
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