Samuel Pessoa > Aprendizado Voltar
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É muito arriscado para uma empresa ter um único cliente. A indústria naval brasileira existe, é só olhar os iates produzidos no sul do paÃs e exibidos no Rio Boat Show. Agora, investir rios de dinheiro para produzir plataformas para a Petrobrás, que determina o preço, e pode de uma hora para outra resolver comprar fora não é razoável. É como uma siderúrgica investir pesado para produzir trilhos para a Vale. O retorno é muito incerto.
O artigo do SP é perfeito, como quase sempre. SP é um economista muito bom, seria ótimo se não fosse pelo permanente conflito de interesses: seus clientes (reais ou potenciais) do andar de cima odeiam ouvir falar em impostos progressivos pra gente rica e não abrem mão das absurdas isenções tributárias, mesmo que à custa da ruÃna dos seus próprios negócios.
O pior é que as crenças esotéricas dessa turma heterodoxa mais tacanha estão ligadas a outro aspecto da mesma armadilha: o sistema tributário, todo estruturado para não cobrar imposto de renda dos ricos, pessoas fÃsicas, compensa a perda sufocando as empresas sob um absurdo cipoal de tributos indiretos. E a solução mais nefasta, à esquerda e à direita, acaba sendo a proteção “nacionalista” a uma horda de empresários cartoriais e mafiosos, sem escala de produção e sem nenhuma competitividade.
Brasil e Argentina são irmãos siameses na atração fatal que sentem pelo populismo. Não por acaso suas economias encontram-se em situação calamitosa muito semelhante.
O que reduz consumo das famÃlias é o modelo neoliberal. Quanto a consumo das famÃlias, teremos de fazer a opção, ou daremos recurso a isso, ou a educação, infraestrutura e saúde. Claro que a classe média prefere o modelo consumo, apesar de reclamar da falta de investimento e de ação estatal. E o modelo foi vendido aos mais pobres. Se for assim teremos ciclos repetidos de consumo e recessão. Para consumir mais precisa ampliar a produção, mas não produzir e viver de juros dá mais dinheiro.
É o samba do crio ulo doido.
Concordo com parte das crÃticas ao manifesto que foca em aumento de despesas da esquerda sem a responsabilidade da arrecadação. Contudo SP continua no diagnóstico errado de que a inflação é um grande problema que justifica o juro. Falso liberal. Não respeita o conceito de demanda agregada (Keynes), laissez-faire (Smith) e polÃtica expansionista de base monetária (Friedman). Critica os outros, mas saindo de substância teórica muito fraca, sem evidência empÃrica de inflação e crescimento.
Excelente texto.
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