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  1. José Ricardo Braga

    Olha que frase legal do José Cláudio: "Os Estados são estruturas de poder em que a opinião do povo é levada em conta para minimizar distúrbios, mas não é ele (o povo) que decide." Ãcido, né? Mas dá pra defender uma democracia representativa que não representa 71%? O problema é que a democracia representativa não está sendo r.e.p.r.e.s.e.n.t.a.t.i.v.a.

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  2. José Ricardo Braga

    PS: Posso ter dado a entender que, à semelhança do vôo criado pelo homem, um controle "de vôo" centralizado seria o viabilizador de uma democracia direta. Asimov sempre resvala nisso e eu respeito. Mas ele também entende planetas como países. (Meio história em quadrinhos, né? - Eu adoro! ) É anti-diversidade pensar como ele, no entanto, e diversidade é sobrevivência da espécie. (segundo o Darwin, e eu acho que aí vale para o universo todo)

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  3. José Ricardo Braga

    Belo desafio, Hélio: Como a democracia direta resolveria problemas comezinhos como o valor do salário mínimo? Eu rebato estranhando uma democracia direta com salário mínimo. Precisaria ter um governo tabelando esse valor? Salário mínimo é uma instituição da democracia representativa. Assim como a previdência. Então bingo!? Deixa com nossos representantes? Não acho bem assim... (segue)

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    1. José Ricardo Braga

      (1) Em uma democracia direta acho que não existiria uma política governamental de previdência. Não existiria o desconto compulsório de um percentual do salário para bancar isso. Seria de forma direta e voluntária o investimento de parte dos ganhos para garantir o final da vida. Resolvida pelo interessado. Mas e no nosso caso?

    2. José Ricardo Braga

      (2) No nosso caso é diferente. Foi descontada compulsoriamente parte de nosso salário para bancar nosso fim de vida em uma instituição da democracia representativa . E estão mexendo nisso. E a gente tem direito sim de opinar, de sobre o que vão fazer com esse dinheiro nosso. Quem falha aí é a democracia representativa por não representar os interesses de quem os elegeu (71%). Nem discutir (em uma eleição) o que dá pra fazer. Não temos voz no Congresso! Já foi mais polêmico lá. Agora...

    3. José Ricardo Braga

      (Fim) Gosto da democracia direta mas não a imagino com os instrumentos de hoje. Seria um erro apostar nisso. As penas foram a aposta errada de Ãcaro. Confundiu instrumento com estrutura. Eram instrumento de navegação e sem controle, não serviram pra nada. As asas foram úteis. O homem aprendeu a voar, mas não como as aves. (Até melhor...)

  4. José Ricardo Braga

    No nosso caso é diferente. Foi descontada compulsoriamente parte de nosso salário para bancar nosso fim de vida em uma democracia representativa . E estão mexendo nisso. E a gente tem direito sim de opinar, de saber o que vão fazer com esse dinheiro nosso. Quem falha aí é a democracia representativa por não representar os interesses de quem os elegeu (71%). Nem discutir (em uma eleição) o que dá pra fazer. Não temos voz no Congresso!

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  5. stenio miranda

    schwartsman já deu provas, no passado, de ser conhecedor e arguto operador da lógica. seu artigo de hoje mais se parece com as falácias dos sofistas do tempo de sócrates. com o recurso a hipóteses extremas e irrealistas, acaba por expurgar a vontade popular dos processos de decisões coletivas.

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  6. Edison Gonçalves

    Tamanha rejeição popular deveria ser o que basta para esse governo, que sequer legitimidade tem, suspender imediatamente esse projeto e deixar que um presidente eleito faça um outro diferente. É o que esperamos com urgência.

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  7. Daniel Lira de Oliveira

    Comentário p/ JorgeO - Temos que adaptar o modelo suisso aos tempos modernos. Um poder (executivo?) analiza os problemas, propõe duas opções que são votadas usando a Internet. Este é o modo viável de democracia direta, varrendo deputados e senadores para a lata de lixo da história. A grande dúvida - com a altíssima porcentagem de semi analfabetos que temos, isto seria viável num prazo razoável?

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  8. HELOISA GOMES

    O povo é imediatista, sim, se algum político propuser aumentar o salário de todo mundo são capazes de aplaudir de pé, sem pensar no que vem depois. Tem que ter uma instância mediadora, é claro. A questão é escolher bem essas pessoas.

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    1. EDUARDO DE OLIVEIRA CAVALCANTI

      Não, Heloísa, o importante é ter gente de bem para escolher.

  9. Ricardo Knudsen

    Para aprovar a reforma da Previdência, Temer fez a MP 766, que reduz a dívida de empresas à União. Modificada na Câmara, a MP atende à bancada ruralista e seus apoiadores. Se aprovada, suprime 90% das multas e 99% dos juros. Ainda parcela em 20 anos! Pura irresponsabilidade fiscal, mostra que a reforma do INSS nada tem a ver com responsabilidade fiscal. Nossa democracia está sendo rifada, emendas constitucionais estão sendo comercializadas. Mas o colunista quer falar dos “founding fathers”...

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  10. Gabriela Ferreira

    Dilma chegou a fazer alguns avanços em relação a impor regras mais rígidas pras pensões, por exemplo, onde foram considerados idade do pensionista e seu tempo de relacionamento com o segurado falecido. Reforma é necessária sim, mas a gente deveria estar debatendo isso de forma honesta ao invés de ficar propagando frases de efeito como "nenhum direito a menos" ou "não reclame, trabalhe".

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  11. edilson borges

    no caso, reduzir drasticamente os pouquíssimos direitos dos pobres, particularmente aqueles que trabalham no campo, pode. ô colunistazinho da gôta.

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  12. EDUARDO DE OLIVEIRA CAVALCANTI

    Só falta superar o tabu do voto obrigatório e universal. Nem todo mundo está preparado para votar.

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  13. Ricardo Knudsen

    Sr. Marcos Dauner, Temer foi eleito vice, poucos sabiam quem era. Mas não discuto a legalidade dele exercer a presidência. A questão é de legitimidade para fazer reformas estruturais, contrárias ao programa que o elegeu. Já seria errado o presidente fazê-lo, pior ainda o vice. Ainda mais Temer, que trabalhou contra a presidente, com sua carta e o programa “Pinguela para o futuro”. Não é lógica petehbah, é só princípio democrático. Não votei na chapa Dilma/Temer, conto com as próximas eleições.

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  14. Jose Roberto X de Oliveira

    Como disse um sábio: a sobrevivência é para muitos, a vida para poucos!

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  15. Ricardo Knudsen

    O governo e este jornal afirmam que houve aumento explosivo dos gastos do INSS, mas é falso. O governo prevê 5,4% de aumento no gasto do INSS em 2017. Teremos no triênio 2015-17 a média de 4,4% aa, abaixo do histórico recente. No triênio 2011-13, antes da crise, o crescimento médio foi de 5,5% aa. A diferença é que, em 2011-13, a receita cresceu em média 6,7% aa. No biênio 2015-16, a média foi de queda de receita de -5,8% aa, o déficit explodiu. O déficit vem da crise, não do aumento de gasto.

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  16. Cândido Espinheira da Costa Filho

    Nos últimos vinte anos todos os governos (sempre considerados "ilegítimos" pelas respectivas oposições) tentaram domesticar a Previdência, sem o conseguir. Nunca haverá apoio popular para redução de vantagens e cabe mesmo ao parlamento (infelizmente, esse mesmo que temos!) tentar enxergar mais longe..

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  17. Wilson de Oliveira

    Eis uma ótima pergunta para incluir nas pesquisa: você cederia parte do seus benefícios previdenciários para manter o regime especial, a paridade salarial e uma idade menor para outras categorias de trabalhadores?

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  18. Hercilio Silva

    Há questões a não serem decididas diretamente , a previdência não é uma delas. Não há nenhum princípio envolvido, e é que um governo cuja política econômica joga nas costa da maioria a crise, enquanto alimenta com juros do mesmo orçamento uma minoria super rica. Quer fazer uma reforma para a qual não foi eleito. Um primeiro ministro japonês foi derrotado uma vez no parlamento em previdência, convocou novas eleições e convenceu. Essa galera convence quem?

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    1. Cândido Espinheira da Costa Filho

      E desde quando brasileiro é japonês?! Você já viu brasileiro fazendo fila para receber doações depois de catástrofes? Tá brincando!

  19. Brízido Galeano

    Ontem, assistimos estarrecidos que Lula sabia o que estava acontecendo na Petrobras, isto nas palavras de Renato Duque. Depois dessa notícia, a Folha fará uma pesquisa e vai aumentar o favoritismo de Lula, o nosso "Paizinho", em russo "?0?0"...

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  20. José Cardoso

    O que significa que nem aqui nem em lugar nenhum do mundo vivemos numa democracia. Democracia é o que vou praticar hoje, que tem reunião do condomínio do meu prédio, onde estamos com um saldo negativo de 7200 reais com a administradora, que nos cobra juros por conta disso. Vamos fazer cota extra ou demitir o zelador? Não tem muita saída. Os Estados são estruturas de poder em que a opinião do povo é levada em conta para minimizar distúrbios, mas não é ele que decide.

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  21. MARCOS FERNANDO DAUNER

    "Temer não foi escolhido para presidente " Ôps , esta afirmação é discutível . Ele foi eleito vice e está claro na CF que o vice é substituto natural e imediato do presidente . Bata ler a CF . Esta lógica pehtebah está equivocada .

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    1. Ricardo Knudsen

      Temer foi eleito vice, que poucos sabiam quem era. Não discuto a legalidade dele exercer a presidência. A questão é de legitimidade para fazer reformas estruturais, contrárias ao programa que o elegeu. Já seria errado o presidente fazê-lo, pior ainda o vice. Ainda mais Temer, que trabalhou contra a presidente, com sua carta e o programa “Pinguela para o futuro”. Não é lógica petehbah, é só princípio democrático. Não votei na chapa Dilma/Temer, só espero que se reduzam os danos até as eleições.

  22. AIMAR MATOS

    Hélio, é isso que o Safatle e seus seguidores, como alguns comentaristas que aqui escrevem, não entendem. E é difícil tentar diálogar com essa gente.

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  23. VICENTE FERNANDO SILVEIRA

    O articulista esqueceu de citar os cantões suíços que praticam sim a democracia direta.

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    1. Luiz Carlos de Abreu Albuquerque

      Os cantões suíços têm quantos MIL habitantes? O Brasil tem quantos MILHÕES de habitantes?

  24. Ricardo Knudsen

    Como disse ontem FHC "Houve a invenção de que ou se faz a [reforma] Previdência ou o Brasil acabou". FHC sabe que reformas serão necessárias, mas não são urgentes, e que governo e imprensa mentem. Os cálculos do governo mostram que a reforma do INSS economizaria meros 0,1% do PIB até 2018, se tanto. Ou seja, dá para esperar um governo legítimo para faze-las, com plena discussão e participação da sociedade.

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    1. Ricardo Knudsen

      As reformas estruturais necessárias não são essas propostas por Temer, nem tem a urgência alardeada. Cálculos do governo mostram que, com a reforma do INSS, a economia até 2018 é de 0,1% do PIB, se tanto. A crise do INSS é de arrecadação, pelo desemprego e falta de contribuições previdenciárias. A reforma não muda isso em médio prazo, só mais empregos reduzem o déficit. Imprensa e governo mentem.

    2. Heriovaldo Ramos da Silva

      O pt teve quatro "governos legítimos" e nao conseguiu ou nao quiz fazer as reformas necessarias.

  25. Ricardo Knudsen

    No Editorial “Nem Dilma nem Temer” (02/04/16), este jornal escreveu “...A mesma consciência deveria ter Michel Temer, que tampouco dispõe de suficiente apoio na sociedade. Dada a gravidade excepcional desta crise, seria uma bênção que o poder retornasse logo ao povo a fim de que ele investisse alguém da legitimidade requerida para promover reformas estruturais”. Mais válido do que nunca.

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  26. Nestor Bercovich

    Concepção típicamente anti-democrática: quem tem direito a "filtrar os apetites imediatistas da população"? Um governo que não foi eleito e repudiado por 85% da população?

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    1. Maria Lopes

      Desculpe, podemos não gostar, mas eleito ele foi. Os problemas da Previdência eram conhecidos desde os governos anteriores e a presidente anterior ordenou ao ministro da época que calasse a boca; o sistema atual não se sustenta; privilégios demais. A maioria das pessoas não fala de números, fala de interesses. Vamos falar dos privilégios?

  27. Ricardo Knudsen

    Temer não foi escolhido para presidente, a única coisa que o legitimaria seria cumprir seu programa eleitoral. As reformas são o oposto do escolhido nas urnas. Se houvesse apoio popular, isso emprestaria legitimidade às reformas, mas ocorre o oposto. Os métodos de Temer são imorais. Usa o Executivo para comprar o Legislativo, com cargos e leis para grupos poderosos (extinção de dívida de ruralistas!). Não se trata de discutir democracia direta, só a tradicional, na qual o colunista não acredita.

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    1. Arnaldo Vianna de Azevedo Marques

      Desde a promulgação da CF/88 que criou o presidencialismo de coalizão os executivos, municipais, estaduais e presidência corrompem os legislativos para se lambuzarem no “puder” em conjunto e o povo está sempre os elegendo neste país dos bananas.

    2. Paulo Lustig

      Não estava no programa da Dilma mas ela é o Sr. Lula já cogitavam fazer a reforma, é só vc procurar vídeos com entrevistas no YouTube...promessas de campanha política é igual o cara que toma um porre e diz que nunca mais vai beber na vida....

  28. maria gouvea

    ESta faltando argumento, articulista! A reforme está sendo rejeitada, não por interesses imediadistas. Ela está sendo rejeitada porque está sendo cnduzida a toque de caixa, com negociações espúrias por um governo que nem disfar;ca que o preço a ser pago é do trabalhador. Assim como a mídia nem disfarca seu amplo apoio, comprqado a preço de vultuosossa verbas públicas. Como impor sacrifício quando as dívidas previd6enciárias dos maiore devedores são maiores do que se vai arrecadar. Ética, please

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    1. Cândido Espinheira da Costa Filho

      O maior preço será pago pelos parlamentares, membros do judiciário, ministério público e servidores públicos em geral - que açulam a população contra as reforma usando os "trabalhadores" como escudo - que terão suas atuais polpudas aposentadorias equiparadas às dos demais previdenciários. E, como " a toque de caixa" uma discussão que se estende há cerca de vinte anos?!...

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