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  1. Daniel Eustáquio Ramos Marinho

    Hoje, me considero um ateu, mas acredito que as raízes da religião judaica e cristã são de grande importância para o florescimento da civilização ocidental tal como foi. É necessário reconhecer que os religiosos estão mesmo perdendo a batalha cultural, mas, por outro lado, em vez de se recolherem aos mosteiros, penso que seus adeptos devem participar do debate público com bons fundamentos e trazendo a sabedoria dos escritos milenares, sem cair em apelações como pastores como Silas Malafaia etc.

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  2. Mateus Azevedo

    É verdade, como o Fabrizio diz, que o número de fieis não é o mais importante. Mas, se ao problema com a quantidade somamos também a falta de qualidade, não sobra muito, não é mesmo? A igreja moderna, de Bergoglio e Montini, fez sua revolução para atrair fieis e compactuar com a sociedade secular. Mas os fieis não vieram nem com seu aggiornamento. O resultado hoje é o pior dos mundos, sem números, nem qualidade. Assim como a política brasileira, a igreja está necessitada de urgente refundação.

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  3. Mateus Azevedo

    Outro aspecto a ter em conta é a decadência e a corrupção da própria religião. O secularismo prospera também por conta da debilidade da religião em dar respostas aos desafios modernos. Basta ler as declarações da CNBB para constatar esta fraqueza intelectual. O populismo de Bergoglio também contribui para gerar mais confusão entre os que creem. Mas tal situação não durará para sempre. As contradições da igreja moderna e os erros do secularismo levaram a civilização a um beco sem saída.

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  4. Mateus Azevedo

    Um aspecto importante da questão não foi tratado no artigo. É o seguinte: a vitória do ateísmo e do secularismo não é total, nem definitiva. Há pessoas e comunidades que resistem. Mas o mais relevante é que já vemos rachaduras nas muralhas da fortaleza materialista. As contradições sociais, políticas, morais etc engendradas pela modernidade são tamanhas que, cedo ou tarde, o colosso relativista colapsará. A impressão de que a vitória do erro é final está errada. O comunismo caiu sem um tiro.

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  5. José Ricardo Braga

    "Pai Nosso que estais no céu": Devassaram o céu (cassini, new horizons, etc) e não encontraram o Pai. Isso não impede a fé, óbvio, mas exige uma reinterpretação. Essa reinterpretação me foi apresentada dentro da Igreja Católica. Os manuscritos de Qumran, por exemplo, são tidos como mais próximos ao original(bons documentos históricos, por isso). Mas agora, sabem com quem começou essa reinterpretação da ação religiosa? Jesus Cristo. Paulo reverteu o grupo para este padrão religioso conhecido.

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  6. José Cardoso

    O sociólogo francês Louis Dumont explica o individualismo moderno a partir da figura do "renunciante", o que é um pouco como essa tentação do mosteiro ou da casa de campo de que fala o Coutinho. Em lugares como a Índia, eles vivem fora da comunidade, e esta continua inalterada. A diferença na formação do Ocidente seria que os cristãos foram inicialmente "renunciantes" em relação à tradicional comunidade greco-romana, mas conseguiram transformá-la num novo tipo de sociedade, focada no indivíduo.

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  7. Bolívar Arsênio Silva

    Cristianismo, islamismo, judaísmo, hinduísmo, budismo -- ao lado (não quer dizer "do lado") dessas correntes está o materialismo.

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  8. josé sales

    No fundo, no fundo, é este o resumo: "E, se não fossem as matérias carnais, o meu lugar era o mosteiro.", tal como escrevera Oscar Wilde, "resisto a tudo. Menos à tentações."

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  9. Sandra Regina Berion Amar

    Ótimo texto , obrigada. Como ser Cristão na pós modernidade ? Eis a questão, Eis o desafio. Anunciar é preciso não só no Oriente, na Ásia mas ,no Ocidente que está descristianizado . Quem é Cristão hoje? Quem vive a fé sem relativismo . O que é ser Cristão? O anúncio para ser frutífero tem que ser autêntico. "Veja como se amam" Era assim que os primeiros cristãos chamavam a atenção para a sua fé. Bom dia .

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  10. Cloves Oliveira

    Como escreveu F. Zakaria, em 2014, cerca de 30 000 pessoas foram mortas em ataques terroristas em todo mundo. Os terroristas eram muçulmanos radicais, mas a maioria das vítimas também. Portanto o ódio deles não é necessariamente contra o Ocidente ou os cristãos, mas contra o mundo moderno e principalmente contra os muçulmanos que estão tentando viver nesse mundo moderno. O Islamismo tem 14 séculos de existência, mas o problema é que não se atualizou. O Cristianismo não pode repetir o mesmo erro.

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