Opinião > Injustiça tributária Voltar
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A mãe de todas as reformas é a polÃtica, que não vai acontecer. Depois, deveria vir a tributária, que também não vai rolar. Sobram quais: a previdenciária e a trabalhista. Por que as duas primeiras não ocorrem e as duas últimas são tão urgentes ninguém explica. Ô midiazinha!
Perfeito, dona FSP, parabéns, até que enfim, depois de muitas décadas, a velha senhora tomou vergonha e publicou um editorial civilizado sobre o nosso sistema tributário!
Os impostos não são inevitáveis como a morte, conforme se dizia antigamente. Infelizmente no Brasil as coisas acontecem ao contrário. O estado de São Paulo, o mais rico da federação, deveria ter um ICMS baixo, já que arrecada mais do que qualquer outro estado. No entanto o ICMS de São Paulo é igual ao do Amapá que praticamente não possui nenhuma indústria de grande porte. As reformas devem ser mais amplas do que o atual governo planeja.
Taxar a propriedade com altas alÃquotas também é problemático porque desestimularia o investimento em imóveis, o que causaria escassez de imóveis para alugar e os aluguéis subiriam. Além do mais, quem paga o IPTU de imóveis alugados é o inquilino, que acabaria arcando com esse custo.
Bobagem, rico pessoa fÃsica não “investe”, quem investe mesmo é pessoa jurÃdica, a qual deveria, sim, pagar muito menos imposto no Brasil. Já o rico, pessoa fÃsica, pega a grana isenta e vai torrar em carrões, jatinhos e mansões em Miami. E o Sr está muito enganado sobre os paÃses nórdicos, o IRPF lá, pras classes média/alta, é quase três vezes maior do que o nosso.
Entre os anos 60 e 80 do século passado os paÃses nórdicos aplicaram altas taxas de impostos aos mais ricos para financiar o Estado de Bem Estar. Desistiram por dois motivos: o primeiro é que a base de arrecadação é muito baixa e não dá para financiar Estado de Bem Estar; a segunda é que o investimento dos ricos é muito importante para a economia, e com taxação extorsiva deixam de investir e a economia afunda. Hoje o imposto que mais arrecada nesse paÃses é o IVA com taxas em torno de 25%.
O problema de taxar aplicações financeiras com altas alÃquotas é que elas precisam ter rendimento real senão ninguém aplicará em tÃtulos públicos. Quando a taxa de juros estava em 14,25% e a inflação em pouco mais de 10%, com alÃquota de 15%, o juro real era próximo de 2%. Digamos que a alÃquota fosse 50%; o rendimento seria de 7% para uma inflação de 10%. A taxa real seria negativa e ninguém mais compraria tÃtulos públicos, a não ser que os juros subissem muito para compensar a alta alÃquota.
De fato, é vergonhoso que significativa parcela da população, de baixa e média renda, tenha que se adequar constantemente e arduamente para conseguir comprar alimentos básicos, com altas taxas de tributos excessivos.
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