Exceto talvez nos esportes, nosso país não sabe cultuar a memória daqueles que fizeram da busca pela excelência um modo de vida. Pixinguinha pode ser comparado, ou talvez o contrário, ao Louis Armstrong em termos da influência que teve na cultura musical do país. No entanto, Armstrong possui um museu em Nova York dedicado a sua memória. Selos já foram imprimidos com a face do músico. No aspecto comercial Armstrong fez fortuna com a sua arte, mas o mesmo não pode ser dito do Pixinguinha.

Apesar do poder o mundo caminhou. O mundo é das pessoas e não dessa criação humana, resquicio da barbarie, que é o poder. O circo do poder dificulta mas não impede que o povo se manifeste, trabalhe, cante e dance. E que se sinta feliz apesar das privações e sacrificios. Ha um mundo fora do poder. O do povo. Feito pelo povo o futuro é glorioso. Milhares de anos de sucesso civilizatorio provam isso. Uma incerteza não para o mundo.