Hélio Schwartsman > Estado capturado Voltar
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Está captura sempre existiu. Quando os amadores da polÃtica, não menos corruptos, quiseram assumir o comando foram defenestrados. Agora reassumiram os profissionais para retornar o modus operandi, legalizando a costumeira trambicagem.
“Um conhecido inimigo do republicanismo no Brasil parece ser a velha estrutura oligárquica e burocrática secularmente incrustada no Estado. Dentre elas, a herança cultural deixada pelas Capitanias Hereditárias, que vigoraram nos séculos XVI e XVIII. Uma vez que, apesar de extintas há mais de duzentos anos, deixaram marcas indeléveis na nossa cultura. Sendo parcialmente responsáveis pela inclusão na cultura brasileira do gosto pelo privilégio e pela aristocracia”.J. P. Peixoto in Diário do Poder.
É complicado saber onde parar. Na escala em que se dá a corrupção eleitoral delatada pela JBS, com grande parte do congresso comprado, a quantidade de leis "sub-judice" seria imensa. Elas cairiam, ou deveriam ser votadas novamente?
A capitulação do estado aos interesses privados, mediante paga aos agentes públicos, eleitos ou não, é uma fase superior das sociedades altamente corruptas, configurado o que pode ser definido como cleptocracia, como pode se ver por aqui.
Hélio, acho que esta pergunta abre outras - os cientistas polÃticos partem da premissa que estas situação são anormais em sistemas democráticos e por isso mesmo nem teorizam sobre isso. Mas SE isso fosse a norma no sistema democrático e não uma exceção Brasileira. Vejamos - as empresas de alta tecnologia americanas que utilizam de táticas de cartéis para abocanhar partes do mercado são freadas na Europa - por comissão que discute livre comércio. Fingir que algo não existe é uma péssima respost
Caro Hélio, ficam devendo tbm as milhares de notas 'frias' usadas pelo grupo J&F para 'lavar' as propinas, e aceitas na prestação de contas pelo Justiça Eleitoral.
Outra ideia tola, mas repetida à exaustão, é a do Estado capturado. Como se o agente público fosse imaculado antes que um perverso agente privado o fizesse cair em tentação. Para exemplo, é como acreditar que o delator Paulo Roberto Costa fosse um santo antes do surgimento de Marcelo Odebrecht.
Por que as distorções decorrentes de corrupção seriam mais lesivas que as decorrentes de o Estado intervencionista tentar promover o desenvolvimento? A não ser que se pretenda condenar os corruptores a ressarcir prejuÃzos (se alguém achar que pode calcular) ou fazer o tempo voltar atrás (acreditem, muitos juÃzes estão certos de que podem fazer), o caminho é ir retirando progressivamente o tratamento discricionário da polÃtica econômica. Simples assim.
E as privatizações e as PPPs, conluio de empresas e estado? São a passagem de monopólios públicos, q atentam contra o principio da livre concorrência, cujos preços administrados cresceram mais q todos? O Poder de uns sobre os outros é o problema atras de tudo. O ministro Hermam falou com propriedade parcial, pois esta sentado sobre imoralidade. O estado ñ tem moral para julgar nada e ninguém. A primeira pedra foi atirada e ñ sobrara ninguém do Poder.
Tangenciou o ponto, pq o problema é muito maior. O das empresas é o menor, mais ainda, que elas são produtivas. Trata-se de avaliar a democracia. Se não acreditamos mais nos legisladores pq respeitar e obedecer leis feitas por eles? Qdo se fala agora é lei se deve imediatamente pensar a q interesses serve. Seguramente n é a do povo, já q há outras corporações: os imensos privilégios legais da magistratura ñ é Trafico d influencia? Se as construtoras mandassem no pais terÃamos pontes e estradas.
Seria ingenuidade acreditar que o parlamento holandês recusasse a passar legislação proposta pela Shell para melhorar a competitividade da empresa. Substitua-se a Holanda por qualquer outro paÃs capitalista e o conceito ainda prevalece. No ano passado no RU, o montante usado pelas grandes companhias em lobby chegou a US$ 3.2 bi. Nos EUA gasta-se por ano uma média de US$3.15 bi. Essas montanhas de dinheiro não vão para caridade, mas para financiar as campanhas dos parlamentares. C'est la vie!
Excelente observação! O expert público autêntico (que não conhecemos ainda) saberá equilibrar todas forças produtivas e suas contribuições para o bem de " toda" sociedade.
Cloves, de fato os parlamentos devem apoiar as empresas estatais dos seus respectivos paÃses, mas isso é muitÃssimo diferente de favorecer grupos privados que fazem negócios com essas empresas. Você usou o exemplo da Shell na Holanda, mas o que se viu aqui na Petrobrás, por exemplo, foi uma sucessão de medidas contra a empresa e o paÃs e a favor de empresários e polÃticos corruptos. Lobby e financiamento privado são "da vida" como você diz, mas roubo e tráfico de influência são coisa diferente.
Bem lembrado, Herculano JR!
Mas as vestais impolutas brasileiras acham que essas coisas só ocorrem no Brasil.
15% dos preços de diversos produtos se devem a ideia de q se faz justiça litigando. A grande industria do litigio, o de dano moral em evidencia, esse absurdo, encarece a vida dde todos, pois as empresas repassam aos produtos seus custos de litigação. Imaginem a montanha de dinheiro e custo de produtos em 3, 5 milhoes de litigios, so trabalhistas , no Brasil. Para produzir nem um parafuso, e alimentar uma burocracia inutil.
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