Sérgio Rodrigues > Além de política, econômica e moral, nossa crise é de linguagem Voltar
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A crise da linguagem fica patente pelos comentários; poucos conseguem comentar algo que não seja eivado de ideologia. A crise da linguagem acontece quando jovens se transformam em adultos sem nunca terem lido uma Iracema ou a LucÃola do José de Alencar; ou que nunca tenham tentado decorar um poema do M. del Pichia ou da C. Meireles. É crise moral. Como dizia George Orwell, o maior inimigo da linguagem transparente é a insinceridade. Ontem Machado de Assis fez aniversário; só o Google lembrou.
só uma correção , os intervencionistas não chamam de golpe, e eles estão corretos pois na constituição brasileira diz que caso o atentado a ordem publica esteja instalado no paÃs os militares devem tomar o poder para restabelecer a ordem . como tu já escreveu acima não existe mais ordem alguma muito menos no seio social, portanto é correto dizer intervenção e não golpe esses portanto estão de acordo com a linguagem , para doutor não reclamar.
Por volta de 1979, se não me engano, Clóvis Rossi publicou na Folha um texto muito bonito em que abordava o sentido e a relevância da palavra "candidato", tendo, possivelmente, diante de si a lista de candidatos que se apresentavam àquela época. Hoje, parece me oportuno abordar o sentido da palavra "excelência", como pronome de tratamento dispensado às nossas autoridades.
Parabéns pela coluna. O que seriam as idéias sem a linguagem? Talvez elas nem existissem... /Claudia.
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