Ruy Castro > Supérfluo intocável Voltar
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Luiz Candido. Fico contente q tenha lembrado da minha sugestão, o LEA, q ñ citei agora. Vc já trabalhou em alguma empresa? Há todo tipo de trabalho útil: engenheiro de todos, médicos, psicólogas, bibliotecárias, técnicos em geral, enfermeiras, pedagogos, contabilidade, planejamento de produção e estratégico, e muito mais. Na empresa se aprende com quem faz, muito mais eficiente. Há treinamentos ate universidade corporativa. E com renda o individuo constrói seu conhecimento holÃstico.
Herculano, da maneira que você coloca a situação parece que há uma incompatibilidade entre ter renda e ter uma formação acadêmica mais extensa. Constata-se empiricamente que a realidade é exatamente o oposto: quanto maior a formação, maior a renda. É errado o poder público cuidar disto, bastaria dar o básico do básico e soltar no mundo para cada um se virar? Também é exatamente o oposto do que se constata mundo afora. A Coreia - só um exemplo - não teria chegado unde chegou desta forma.
Luis Candido Minha preocupação é q o individuo tenha renda p q se alimente, more bem, tenha acesso a cura, segurança e liberdade. E o q se diz q existe no mundo desenvolvido. Felicidade e outra preocupação q vem depois. Sem renda é q o individuo vai viver para sobreviver
A construção do conhecimento holÃstico a partir da renda é algo muito duvidoso. Sem um embasamento dado por um ensino republicano, universal, laico e humanista, a existência se resume à luta quotidiana pela sobrevivência e ao consumo de entretenimento de massa. PouquÃssimos escapam, mesmo com dinheiro, pois canso de ver pessoas muito bem situadas de extrema incultura. A proposta é dar uma chance razoável para a maioria, não deixá-los à mercê dos poderosos sem saber que há outras possibilidades.
Herculano, eu trabalho em empresas desde os 18 anos, primeiro como técnico e depois como engenheiro, e posso lhe garantir que nenhuma pensa em outro tipo de aprimoramento que não seja profissional e de uso imediato. Sem dúvida, se aprende com quem possui mais experiência, mas sem um embasamento, uma formação sólida, sua tese funciona apenas com trabalhos manuais de baixo valor agregado. Sua receita funcionava bem até o século XVIII.
Genial, no estilo, conteúdo e oportunidade. De morrer de vergonha... alheia!
Mas se isso acontecer, como 90% da classe artÃstica vai sobreviver sem a boquinha e subsÃdios?
Ñ só d cultura, mas o ministério d educação deveria ser muito menor. Lembrar q nossa educação deriva dos anseios d sec18 d escola para todos. So q o q se considerava escola era a d elite, clero e nobreza, contemplativa e erudita. A tal cultura q é teatro, feira e livros, etiqueta, etc. Nada de trabalho, e livro técnico ñ é considerado literatura. So romance e poesia. Penso, educação so d 4 anos. O resto treinação nas empresas, remunerada. Sem ensino médio e carÃssimas e privilegiadas universidad
Sou graduado em enge elétrica e trabalhei em diversas áreas técnicas nas empresas. Com minha renda li e estudei filosofia, educação, acompanho-me cantando rudimentarmente dois instrumentos, falo Inglês p entender e pouco de alemão pois fui treinado na Alemanha, leio livros diversos e gosto de cinema, que posso pagar devido a meu trabalho. Passeio. Tudo isso devo a meu trabalho em empresas nas quais fui dedicado e agradeço.
Edson Machado. O Brasil vai entrar em caos, justamente pq e a visão de caça de poder em q uns são melhores q outros e nada produzem, ñ funciona. Ñ tenha esperança por esse caminho. Ele vai piorar o Brasil. E o mundo segue o mesmo modelo, por isso esta parado há mais de 37 anos. Veja o artigo de Vinicius Mota de hoje.
Bravo, Herculano, a sua proposta de ensinar apenas a "ler, escrever e contar", subordinando o resto aos interesses dos empresários, fazendeiros e patrões em geral, produzindo massas de trabalhadores que conhecem só e somente só o essencial para a execução do seu trabalho de 12 ou 14 horas (oito horas é coisa de vagabundo), é a fórmula ideal para acabar com esta polÃtica trabalhista do século XX - levando-nos de volta ao XIX. Cultura só mesmo para os merecedores - os ricos!
Parabéns pela coragem da opinião, mesmo correndo o risco do linchamento de parcelas da comunidade cultural, principalmente aquela que tem se nutrido dos subsÃdios governamentais "iluminarem" o povo com o seu saber.
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