Samuel Pessoa > A lógica da ação coletiva Voltar
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O Samuel tem toda razão, quando critica o oportunismo desonesto das nossas corporações patrimonialistas. E tem razão sobre juros e corrupção. Mas o final do texto tem forte cheiro de conflito de interesses – seus clientes do andar de cima odeiam ouvir falar em IRPF progressivo, especialmente sobre lucros e dividendos. O Samuel omite que nosso IRPF tem, sim, muito espaço para crescer, já que sua arrecadação, em relação ao PIB, é umas quatro vezes menor que a da maioria “dos paÃses da OCDE”.
Por que não,aceitam a criação de novas alÃquotas para tributar as heranças como se faz nos paÃses civilizados e nas mecas do liberalismo econômico? Por que não defendem e se empenham por uma reforma tributária para tornar o sistema mais justo, com menor tributação do consumo é maior sobre a renda, como se faz em todo o mundo desenvolvido? Preferem, claro, defender ajustes que recaem exclusivamente sobre os trabalhadores e sobre os mais pobres.
Aumentar os impostos sobre os ricos nem pensar, né? Sempre tem uma justificativa. Num momento,em que são impostos grandes sacrifÃcios ao povo, que atingem sobretudo os mais pobres, deixar os ricos de fora é não apenas uma incoerência total dessa gente do mercado como uma crueldade. Por que não admitem a tributaçã ,sobre lucros e dividendos se o trabalho paga até 27,5%? Por que não aumentam as alÃquotas das aplicações financeiras, que são menores do,que as do trabalho?
cortar o orçamento da justiça, cortar o orçamento das polÃcias, cortar o orçamento das fiscalizações.... isso nunca acaba bem.
Já cortaram os serviços públicos, e não só em qualidade, já tem serviço parado. Quantos os juros, ganha-se mais vivendo deles do que trabalhando. Quem vai produzir, investir assim? E o pior, todos os economistas dizem que esta prática neoliberal é a única opção existente de polÃtica econômica.
É só ler o trabalho do Bruno Carraza aqui na folha "espÃrito das leis" para ver como muitas empresas, através de seus representantes no congresso, estão conseguindo barrar o fim das desonerações tributárias. Como a conta tem que fechar, cobra-se da população em geral, com imposto sobre os combustÃveis. Dentro do princÃpio de que não deve haver taxação sem representação, vê-se quem está representado e quem não está.
Muito bom Samuel, todos querem garantir sua boquinha e empurrar o ônus para os demais, travestindo seus interesses como o de todos. Como resolver este embrolio?
Não há saÃda simples? Que tal reduzir o juro para 4% (eliminando o subsÃdio ao setor financeiro) e cobrar 30% de impostos na exportação de commodities agrÃcolas e minerais? Foi a elevação do juro a partir de 2013 que colocou o paÃs em depressão. Basta saber fazer conta e olhar o comportamento do déficit nominal desde então. Esta elevação reduziu a arrecadação e aumentou as despesas financeiras. Não sabe fazer conta e ainda é mentiroso protegendo seus interesses no setor financeiro. Vergonha.
É não tem milagre, vai ser duro mas precisamos reduzir o tamanho desse Estado enorme e corrupto, em q até o setor "privado" acostumou-se a mamar em suas tetas. Quanto ao judiciário q vergonha, pagamos 5 vezes mais para ter o pior judiciário comparados aos membros da OCDE.
2% a 3% de juros 'livres' é bem muito! Vale mais a pena aplicar aqui do que na Europa (lá deve sobrar 0.5% ou menos). Porque o Brasil tem juros tão altos? Destoa. Vive em 1o. e 2o. dos maiores juros reais. Penso: Um lugar onde vale a pena 'jogar um dinheiro' porque rende muito e tem uma certa segurança e discrição é um 'ParaÃso Fiscal', não? Pergunto aos economistas: É essa a vocação do Brasil, então? Ser um banco de "Investimentos" ?
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